Estou tentando lutar contra essa angústia e essa sensação estranha dentro de mim, mas talvez ela seja mais forte do que eu. Não consigo acabar com essa insegurança, essa desconfiança das pessoas e esse medo. Queria conseguir ser inconsequente o suficiente para pensar que as coisas acontecem como devem acontecer e que o melhor é arriscar. Ou talvez eu devesse ser tranquila e simplesmente não pensar. Mas isso tudo é algo que não faz parte da minha personalidade. Não adianta fingir. Tento não ser tão fria, tão distante, tão orgulhosa e até mesmo tão medrosa, mas acabo sempre me fechando no meu mundinho. Mundinho que acaba fazendo com que eu mesma afaste as pessoas de mim.
Mas também não posso dizer que tudo isso seja apenas uma característica minha. É uma característica que eu sempre tive e quando criei coragem para enfrentá-la, deu errado. Você me mostrou que o que eu deveria fazer era o que eu realmente sempre fiz: Me guardar, me privar, me proteger...Não falar dos meus sentimentos, não demonstrá-los, não dar o braço a torcer... Sempre pensei que demonstrar o que eu sentia era sinônimo de fraqueza, era fazer feliz demais quem ia acabar me magoando.
E com você eu agi diferente. Eu te disse o quanto era especial, eu demonstrei o quanto era capaz de fazer tudo por nós dois, eu sorri com as suas palavras, eu retribui os seus carinhos. E você fechou a porta. Me disse que não podia estar ao meu lado. Me provou que tudo que eu fiz, todos os meus pânicos e barreiras que enfrentei foram em vão.Você deixou aquela tal característica de antes mais forte ainda. O meu mundinho se fechou mais e se encheu de “não-amores”. Eu fiquei repetindo pra mim mesma como se envolver fazia mal. Ali estava eu: cheia de mágoas, dores e com um rótulo de doida criado por você.
Então as pessoas me perguntavam: Não faz falta falar, sentir?Não magoa guardar tudo?Não dói ser sempre de pedra?Não fica um sentimento de que você poderia ter feito algo?
E eu sempre respondia: Incomoda sentir tudo sozinha, às vezes bate um arrependimento, às vezes surge uma vontade de falar... Mas o orgulho e a falta de coragem não deixam que isso aconteça. Posso sofrer os fins e as perdas, mas sofro calada, não dou o gosto das minhas dores e das minhas lágrimas pra qualquer um.
Hoje estou aqui, com a minha porta fechada. Sem demonstrar nada pra ele, sem me esforçar para que dê certo, com medo de me envolver, de me apegar e ele acabar fazendo tudo que você fez, mas ele não é você e mesmo assim ficaram o medo e as cicatrizes que você deixou. Tenho medo de ele perceber como é agradável ter um novo alguém que me faz bem. Se ele perceber, se eu falhar novamente como falhei com você, vou acabar sozinha de novo, descartada por ser um poço de sentimentos. Acho que é isso que sou: um poço de sentimentos, que se mantém fechado, para que ninguém se assuste com a imensidão deles.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Janta
Voce disse que queria jantar, assim poderiamos conversar melhor. eu senti uma sensação, aquela que eu sinto quando realmente está prestes a acontecer alguma coisa errada, uma intuição, um pressentimento, daqueles bem ruins. Tentava me iludir, e dizer que não era nada, que ia passar, afinal, o que tem demais em um jantar?
Tentava me controlar, e não ligar pra voce dizendo que não queria sair de casa, que eu tava bem, tentei matar aquela vontade louca de não me arrumar, de não querer ficar apresentavel do seu lado. Mas como não ficar apresentavel do seu lado? Resolvi colocar aquela blusa, daquele dia, que voce disse que eu não iria me arrepender de nada, e eu nem sei porque, ja que acredito que voce nem iria se lembrar mesmo. No jantar, voce me olhava com um ar preocupado, como se quisesse me falar alguma coisa, e se preocupasse com a minha reação, e eu disfarçando a minha tensão, tentando ser simpatica, divertida, e querendo te fazer sorrir, como eu costumava fazer antes. Mas finalmente voce conseguiu dizer, dizer que acreditava que não daria certo, que não seria bom pra mim, e que não podia me fazer sofrer, perguntou se nós continuariamos 'de boa'. Eu sorri, disse que não teria problema, que nada ia mudar. Voce ainda me abraçou, e disse que sabia que essa seria minha reação.
Que bom saber que voce confiava na minha reação, que sabia que eu seria assim, porque na realidade eu sabia também que voce seria exatamente assim. Eu devia ter escutado aquela mesma sensação de antes, que me avisava pra não me apegar, pra não achar que eu estava pronta, escutar minhas amigas que apenas queriam o meu bem. Mas eu não escutei elas, não escutei a mim mesma. Eu só pensava em curar aquela ferida que tava aberta, e eu jurava que voce iria cicatrizar, mas não, voce fez sangrar mais, doer mais, demorar mais pra se fechar.
So um detalhe foi positivo, eu percebi que eu sou mais forte do que imaginava.
Tentava me controlar, e não ligar pra voce dizendo que não queria sair de casa, que eu tava bem, tentei matar aquela vontade louca de não me arrumar, de não querer ficar apresentavel do seu lado. Mas como não ficar apresentavel do seu lado? Resolvi colocar aquela blusa, daquele dia, que voce disse que eu não iria me arrepender de nada, e eu nem sei porque, ja que acredito que voce nem iria se lembrar mesmo. No jantar, voce me olhava com um ar preocupado, como se quisesse me falar alguma coisa, e se preocupasse com a minha reação, e eu disfarçando a minha tensão, tentando ser simpatica, divertida, e querendo te fazer sorrir, como eu costumava fazer antes. Mas finalmente voce conseguiu dizer, dizer que acreditava que não daria certo, que não seria bom pra mim, e que não podia me fazer sofrer, perguntou se nós continuariamos 'de boa'. Eu sorri, disse que não teria problema, que nada ia mudar. Voce ainda me abraçou, e disse que sabia que essa seria minha reação.
Que bom saber que voce confiava na minha reação, que sabia que eu seria assim, porque na realidade eu sabia também que voce seria exatamente assim. Eu devia ter escutado aquela mesma sensação de antes, que me avisava pra não me apegar, pra não achar que eu estava pronta, escutar minhas amigas que apenas queriam o meu bem. Mas eu não escutei elas, não escutei a mim mesma. Eu só pensava em curar aquela ferida que tava aberta, e eu jurava que voce iria cicatrizar, mas não, voce fez sangrar mais, doer mais, demorar mais pra se fechar.
So um detalhe foi positivo, eu percebi que eu sou mais forte do que imaginava.
domingo, 5 de julho de 2009
Ela o avistou de longe e teve vontade de sair correndo!Não sabia ao certo se queria correr dele ou para ele.Teve vontade de gritar o quanto o amava e o quanto sentia sua falta.Mas logo se lembrou da outra que ele traz nos braços e talvez no coração.Então teve vontade de gritar novamente,mas dessa vez quis gritar o ódio e a dor que trazia dentro de si.O ódio que sentia por ele e a dor que sentia por causa dele.Quis xingar até a 5ª geração dele.Xingar a mãe que colocou aqueles cabelos e aquele sorriso no mundo.Xingar a irmã que acoberta e aplaude todas as atitudes.Xingar a vó que fez dele a pessoa tão especial que é.Sentiu medo quando quis xingar a si mesma por não ter conseguido acertar-lhe o coração.Mas percebeu antes de se odiar que fez tudo o que podia e não podia pelos dois.E aí quis partir pra cima dele com tapas e tudo mais por ele ter sido tão ingrato,já que ela fez tudo que podia pra que os dois alcançassem a felicidade juntos.Sentiu tudo isso em menos de 10 minutos que esteve ao lado dele.E ele nem sequer prestando atenção nela e nas coisas que ela falava só para provocá-lo.Devia estar muito ocupado lembrando o perfume e o gosto dos lábios da outra,enquanto ela lembrava do perfume e do gosto dos lábios dele.Se despediram civilizadamente.Ela jura que conseguiu esconder dele todas as vontades mencionadas acima.E quando ele se virou de costas teve vontade de pedir pra ele esperar,pra ele voltar no tempo e dizer que somente os dois importavam.E mais uma vez ela ficou apenas na vontade.O único desejo que ela conseguiu realizar foi o de chorar.É isso que ela faz a cada encontro com ele.Tenta ser forte,mas sempre acaba chorando como uma criança.Um choro sentido e até escandaloso,impossível de controlar a cada presença real ou a cada contato na memória e no coração...
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