Muito mais que historias...

... experiencias, o cotidiano, a rotina, a vida. o nosso blog vai falar de tudo que acontece, da nossa opinião, das nossas vontades. Boa leitura!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ao contrário da lentidão que todo mundo diz, eu acho que as coisas andaram numa velocidade rápida demais. E eu não consigo acompanhar, fico meio perdida, sem saber como agir, o que fazer, por onde andar, onde ir. Acho meio estranho essas coisas de coração disparar, ainda mais por você, que, como diz naquele texto, "é novinho em folha" e eu nem sabia mais como era isso. É essa velocidade que eu não entendo: por que é que em tão pouco tempo eu passo por essas situações. Meio adolescente tudo isso, essa coisa de paixão platônica e fullgás. E eu nunca me preparei pra pisar em território desconhecido, eu sempre gostei de ter pelo menos uma noção do que tava acontecendo. De repente eu me vi perdendo o controle, sem saber o que dizer, como prosseguir. Eu achei que as coisas seriam fáceis demais e agora eu já acho tão complicado... Um dia me disseram que todos os homens não são iguais e eu comecei a acreditar nisso dessa vez. Só que agora eu já não tenho tanta certeza. Me faça acreditar que você não é só mais um,igual a todos os outros. Seja complicado só até onde a minha dor, as minhas mágoas do passado e o meu coração possam suportar.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Idiota

Idiota.
Pensei em outra qualidade sua, mas me desculpa, não consigo pensar em outra palavra pra descrever você.
Idiota.
Eu juro que não é dor de cotovelo, não é por querer ser ela. E também não é inveja. Sabe o que é mesmo, de verdade? Falta de entendimento, é isso. Não entendo você, as suas atitudes imaturas de sempre. Não entendo como você sempre jogou a nossa história no lixo sem ao menos pedir a minha opinião. É chorar por você e te ver indo embora todas as vezes.
Foram 6 anos assim, eu recolhendo as fotos e pedaços que você deixou pra trás. Eu escutando desculpas, seu choro, suas lamentações. Fico me lembrando de você gritando, me implorando pra ficar, e depois de 10 segundos me pedindo pra não ir atrás de você.
E me deixando sozinha, de novo.
Por que você é assim?
Minha vontade é gritar, dizer pra você e pra todos que insistem em te apoiar o quanto você é idiota, o quanto você não pensa e não valoriza os sentimentos de ninguém.
Você acha que ela vai te buscar e te deixar em casa? Você acha que ela vai tratar bem os seus amigos? Você acha que ela vai fazer tudo por você? Quem vai te ajudar quando você perder o ar de tanto chorar, quem vai beber cerveja com você e te ligar todos os dias?
E os seus problemas? Quem vai sair correndo só pra te abraçar e dizer que vai ficar tudo bem, vai dizer ‘eu to aqui’?
Entendeu?
Eu não torço pra que você seja do mesmo jeito com ela, coitada. Não é isso, nem é rancor, mágoa, ódio. Eu só não entendo como você jogou 6 anos da nossa vida fora, jogou tão longe que eu nem consigo encontrar os restos felizes que tinham sobrado. Hoje a sua lembrança é só o vazio de alguém que nunca soube amar.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ódio que sinto por você

Pensei em escrever várias coisas que não fosse do ódio que sinto por você. Pensei em recomeçar a escrever dizendo como recomeçar a viver é bom, ou necessário. Pensei em escrever sobre as novidades que estão acontecendo a cada novo minuto da minha agenda quase vazia. Acontecimentos que agora não abalam um centímetro do eixo do seu mundinho.
É claro que a vida ta boa, tem que estar, foi assim que você quis, não tive qualquer chance de amadurecer a ideia compulsória de mudar. E pensando em escrever sobre todas as viradas que a vida deu não pude deixar de pensar no motivo de tudo. Motivo? Ah! Me desculpa. É que eu me esqueço que pra você tá tudo muito claro. Foi bom pra você ter esse tempo pra decidir tudo. Foi minimalista a sua forma de armar o circo e me jogar pros leões. Lá, com os seus novos amigos, seu novo eu, ou seu falso você, foi fácil.
Aliás, você me ensinou como tudo é fácil. Muito fácil andar de mãos dadas, dizer eu te amo, buscar em casa, fazer um agrado, cafuné, carinho no pescoço ou massagem no pé. O que você não me ensinou, e que agora aprendi sozinha, é que é difícil demais apagar as palavras e os momentos tão convictos que você jurou serem eternos. É difícil aceitar que por trás daquele sorriso confiante de homem existia um menino com tantas confusões e medos, quase tão semelhantes à criança que ainda mora em mim.
E dentro daquele quarto, naquele dia, eu chorei. Poxa. Porra. Eu disse que eu tava com medo, eu declarei entre todos os soluços que tava difícil, tava ruim, doía, era incerto demais pra mim. Se você sabia do final, por que me abraçou e me prometeu que ficaria tudo bem? Se o que você queria era ir embora, por que me segurou pelos pés? Por que me instigou a sonhar? Por que me convenceu de que pés no chão era coisa de gente que não sabia amar? Foi você mesmo quem me convenceu disso tudo. Agora já é tarde pra lembrar, você parou de brincar, você se esqueceu. Só que você também se esqueceu de mim, e eu fiquei aqui, tentando descer pela escada pro tombo não ser grande demais.
Eu queria olhar pra sua cara de menino mimado e cuspir todas as palavras que estão engasgadas desde o último dia que te vi. Não. Eu sei que não o fiz. Nem deveria, ainda doía demais, não tinha todo aquele clima de partida. Mas agora que você se foi, e que daqui, bem de longe, te olhando caminhar de costas, posso ver com mais clareza que é partida, agora sim. Queria te gritar pelo nome, xingar sua família, dizer que odeio as suas gírias e a sua maneira infantil de viver a vida, tomar cerveja, fazer sexo e se sentar na mesa.
Entende baby? Você me convenceu a amar alguém que eu nunca escolhi. Me acostumei com o avesso do que dizia meu horóscopo a respeito do homem da minha vida. Era você, o oposto de tudo que eu queria, se desdobrando em mil para conseguir ser meu. Droga, você se esforçou tanto que conseguiu, me venceu pelo cansaço. E sabe de alguma coisa? Me cansei de resistir e você de tentar. Me conformei em amar e você em desistir.
Mas uma coisa eu repito, a vida ta boa, obrigada! Agora eu tenho amigos, tenho minha companhia, durmo tarde, acordo cedo, tomo sol, dou gargalhadas, falo mal de você com despeito, observo todos os seus defeitos,e me lembro das suas camisas que eu tanto odiava. E na esperança de deixar pra trás toda essa raiva eu apelo para as lembranças, pras coisas boas. Mas nessa hora eu me lembro que mesmo muito boas não anularam aquela manhã de súplica no parque. Idiota.
Tá vendo como é foda? Te juro, a minha vida ta boa, to com alguém bem melhor, acho que vou trabalhar e to até voltando a escrever, mas eu não poderia começar por outra coisa que não fosse pelo ódio que sinto por você.



*Esse texto foi escrito por Marianna Martins e merecia MUITO ser divulgado.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Fevereiro de 2011

Aí ele vai dizer que a amou muito, tanto, e tão distraidamente, que se esqueceu de se preocupar com os desenlaces iniciais, os encontros e desencontros, com os acasos e esquecimentos do destino. E ela, ela o amou pra valer e tão rápido que foi destroçada pela urgência desse amor enquanto ainda sorria o primeiro sorriso do resto da vida juntos.

É verdade, o mundo ta aí pra rir da nossa cara, desenhando coincidências. E, coincidentemente, nunca existiu no mundo alguém como ele, dono da fórmula que ela por tanto tempo procurou.


Tudo isso, daqui uns dias, será só mensagem do que eles ainda não sabem.

"Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo."