Muito mais que historias...

... experiencias, o cotidiano, a rotina, a vida. o nosso blog vai falar de tudo que acontece, da nossa opinião, das nossas vontades. Boa leitura!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

tchau,2010

Sempre achei meio clichê fazer esses textos de fim de ano. Mas já tinha uns dois anos que eu não tomava a iniciativa. Resolvi fazer diferente agora.
2010 foi um ano tumultuado e contraditoriamente tranquilo. Repleto de altos e baixos de emoções. Dias de extrema paz, horas de tormenta, momentos de desespero e de desejar coisas desnecessárias. O ser humano tem essa mania de querer o inatingível, aquilo que não se encaixa na sua vida. Se frustra e não entende que os tombos são justificáveis lá na frente.
Esse ano eu viajei bastante, me diverti muito, chorei um tanto bom de vezes. 2010 levou as minhas irmãs pra longe de mim e foi bonzinho, já as trouxe de volta. 2010 conservou bons e velhos amigos ao meu lado, além de ter me dado tantos outros. Alguns se afastaram, mas tenho sempre a certeza de que estarão lá quando eu precisar. 2010 também foi o ano da maior dor e da maior perda que eu já sofri nesses poucos 19 anos de vida. Ainda hoje eu tento lidar com esses desígnios de Deus, que insiste em levar pra Ele aqueles que amamos. Talvez por serem bons demais mereçam ficar lá, perto Dele, e não de nós.
2010 me mostrou que eu sou capaz de fazer, modéstia à parte, um bom trabalho e que se tem uma coisa de que eu não tenho medo é de trabalhar. Foram tardes, noites e até fins de semana e feriados gratificantes, às vezes difíceis, mas sempre engraçados na Rádio Universitária.
Enfim, minha memória sempre tão boa tornaria esse texto gigante se cada registro fosse relatado. A lição que 2010 me trouxe é o também velho clichê de viver um dia de cada vez. E em cada dia preserve e resguarde aqueles que mereçam, aqueles que você quer ter ao seu lado.
Que 2011 seja repleto de saúde, serenidade, trabalho, dinheiro, farras, amor, harmonia, pessoas queridas. Que os sonhos e as listinhas de fim de ano se tornem realidade.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Enfim:

Ela tentou não sorrir. Se fosse planejado, ele nem existiria. Não nessa vida, talvez noutra, bem longe, daqui a muito tempo. Se fosse pra escolher, eles nuncam teriam se cruzado, ou se esse encontro fosse mesmo necessário, teria passado despercebido: "se olhei foi de relance, coincidência". Ela não estava pronta. Mas aí ele aconteceu.

Ela não escolheu e teve que aprender a conviver com as passadas, os silêncios e os sorrisos dele. O remédio foi se conformar, pra quê discutir com o destino?

Não queria sorrir. Não queria fixar olhar, olhar nos olhos - nem pensar!- Mas aqueles olhos castanhos resolveram brilhar ainda mais naquela noite e, discutir pra quê?

Uma intensidade de nunca mais. Não queria sorrir. Mas o mundo tem dessas coisas de não nos deixar escolher e ele aconteceu na vida dela e sorriu de volta e os olhos castanhos dele refletiam o sorriso errado de Deus. Deus rindo dela, que por tanto tempo foi contra e agora nao teve escolha.

Ela não queria sorrir. Mas, discutir pra quê?

Quando ele aconteceu na vida dela ela queria mesmo era ficar por aí rodopiando, admirada das coisas, vendo harmonia dodecafônica em prédios, ruas e multidões. Risadas que nasceram pra ser, o mundo inteiro dentro dela. O mundo inteiro numa escala, numa nota.

O subjetivo em sintonia total.
"Há tempos me preparo para o seu olhar não mudar o meu."

E aqueles dias de Dezembro intenso foram para sempre.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Saudade

Cinco meses já se passaram e eu ainda não consigo acreditar. É que a sua ausência me dói a cada dia, me faz falta a sua participação tão ativa na minha vida. Seus conselhos,suas histórias, suas piadas, as músicas e o ombro amigo. Mas não adianta ficar falando do quanto sinto sua falta, o quanto você era presente na minha vida. As palavras nunca vão conseguir explicar a dor que a sua ausência provoca.
Eu ainda me pego pensando como é que isso foi acontecer justo com você. Dava pra ver nos seus olhos a paixão por viver. Paixão que você reafirmava todos os anos nos dias de hoje. Dia do seu aniversário, data que você gostava tanto e que sempre era cheia de comemorações regadas a cerveja, violão e cantoria.
E eu tento não chorar no dia de hoje, lembrando como você ficava feliz em primeiros de dezembro, mas é impossível não lamentar que agora é diferente, impossível não sentir uma saudade doída de todos os dias que passamos juntos. Eu te amo, amante, amigo! ;////

ps: a música tem todo um significado especial ;x

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Adeus

Isso é uma despedida.
Claro que é muito mais fácil se afastar sem dizer nada, apenas sumir. Mas o que é fácil nunca me atraiu mesmo, e você sabe como ninguém.
Então resolvi te dizer algumas coisas, como de costume eu uso a minha sinceridade suprema e você se esconde em suas meias verdades.
Elas não me incomodavam antes, mas agora sim. Não consigo mais pensar que tudo que aconteceu pode ter sido uma mentira, ou falsidade. Então, no fundo dói menos se eu me afastar agora, enquanto meus pensamentos estão recheados de boas lembranças e felicidade.
Para não ser injusta, queria te agradecer...
Agradecer pelos sorrisos, pelas as minhas risadas perdidas na madrugada. Pelas cervejas, conversas, danças. Queria te agradecer pelos os dias em que eu bebi demais e você sorriu e me ajudou. Queria dizer que não fiquei com raiva pelas vezes que você bebeu demais e eu fui obrigada a te ajudar.
Obrigada pelas noites sem nada pra fazer, que se tornaram produtivas, pelas viagens sonhadas, pelo companherismo, pelas lágrimas.
Obrigada por tudo e principalmente, obrigada pelo nosso amor.
Sim, eu amei você.
Amei muito, preciso admitir que esse sentimento existiu.
Talvez ainda exista, mas eu sei lidar com perdas melhor do que você.
Eu só espero que as suas falsas verdades acabem, e um dia você possa se entregar a alguém de uma forma verdadeira, é dificil não acreditar em alguém como eu não acredito em você.
Mas fica bem, por tudo que fomos e pelas nossas lembranças.
Eu vou torcer sempre por você, e pode acreditar em mim quando digo essas palavras, eu não sei mentir... mas o fato é que eu sei muito bem a hora de partir.

sábado, 9 de outubro de 2010

Até logo não é adeus

Eu queria apagar todas essas coisas que envolvem a gente, tipo as brincadeiras envolvendo tomates, meu ciúme ou suas declarações distorcidas. Queria não ter que me preocupar quando me contam que você tá mal. Queria não ficar pensando que foi que aconteceu pra você tá assim. Não pensar como seria se eu ainda participasse disso tudo.
E tá tudo tão legal, tão do jeito que eu sempre quis, todos os meus trabalhos, sonhos e conquistas. Tão legal que eu queria te contar. Me faz falta a nossa divisão que acabava em uma soma.
Eu acabo enfiando você nos meus exemplos, nas minhas histórias e até nas minhas comparações malditas. Fico lembrando que você me servia pelo menos pra me fazer resistir às minhas tentações. Eu não sei porque é assim. Eu já soube viver sem tudo isso, mesmo você já tendo entrado na minha vida. Eu só queria conseguir de novo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sobre mim.

"

O futuro é passageiro, eu sei. Mas ele me dói desde já. E as coisas que eu gostaria de dizer e que ainda não disse, não parecem existir em outro lugar senão dentro de mim. E essas coisas que eu gostaria de dizer, eu também sei, não são tão bonitas como poderiam. É que faz tempo, perdi minha delicadeza. Não me compreenda, minha lógica é ser absurda.

Vim contar uma história de quase-amor. Difícil de dizer. Difícil, só. Tristeza eu não sei o que é. Triste mesmo é eu saber que frieza e insensibilidade não tem prazo de validade.

Vai lá, se engana, diz estar apaixonada. Daqui a pouco você vai ver que não é bem assim. Nunca foi. Não adianta, essência não muda.


Ás vezes eu me lembro dele. Sem rancor, sem mágoa,sem carinho, até sem saudade. Só com a certeza de que é verdade: o tempo passa e a gente nem vê. Gostaria, é também verdade, que naquela época você tivesse optado por mim, que tivesse ficado. Mas agora vejo que já não faz mais tanto sentido, que melhor mesmo foi você ter ido embora. Fugir pode parecer covardia, mas covardia as vezes é a melhor opcão. Pessoas de coragem sofrem demais.

Nunca mais o vi depois que foi embora. Nunca nos escrevemos, nem telefonemas. Não faz muito tempo que eu ainda me surpreendia pensando em que tipo de argumento poderia ter usado pra te fazer mudar de idéia. Vai ver falta alguma coisa pra se dizer. Mas, amigo,não faço questão não. Você foi, eu pensei uns dias em você, mas logo passou. E agora você quer voltar.Já sei prever como serão os dias em que eu te encontrar.


E o que eu queria mesmo era poder nem te reconhecer.


E se te interessa saber, eu roubei quase tudo que eu tenho pra chamar sua atenção. Mas aí, aconteceu que um dia eu decidi que apesar do nosso entendimento sobrenatural, das expressões, músicas, hai-kais, tirinhas e sons que só faziam sentido pra gente, tinha alguém mais bem-feito pra você do que eu. Alguém chegou primeiro. E foi aí que eu decidi te esquecer e sair pra procurar um outro você.

Na verdade, pra ser sincera, eu nem gostei de você tanto assim. Mas, não posso negar, sofri um tempo. Sabe como é, sou orgulhosa. Sofri porque você foi embora e teve coragem suficiente pra vir me dizer adeus. Sofri por suas insanidades ainda fazerem sentido pra mim. Sofri porque você me machucou e não veio consertar o estrago, estancar a ferida. Me doeu você não ter me dado tempo suficiente pra te deixar.


Agora vou esperar pelos dias de chuva em que você não vai mais estar aqui, me conforta sua ausência.

Por favor, fica longe de mim.


" -E o amor, o amor, cara. o que eu faço com isso?
-Você esquece, sei lá. não tem tanta importância assim."

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

É só o começo

E essa intimidade que existe entre nós? Eu queria saber como ela surgiu. E esse chamado frio na barriga, que em mim de tão intenso ‘congela’, quando eu apenas lembro, de algo bonito que você me falou? Eu queria saber por que você o ocasiona. Aliás, eu queria (quero) saber tantas coisas. Vai ver, esse é o meu erro.
Querer saber demais me faz aproveitar de menos, ou quase nada, os dias raros em que temos o banquinho escondido entre as árvores como cenário. Eu, a personagem dessa história, sou surpreendida mais uma vez por supostos sintomas de uma “doença” que nunca me atingiu antes: suor nas mãos, tremedeira, e uma vontade descontrolada de falar palavras e expressões carinhosas com uma voz mole que se assemelha a de uma criança pedindo colo.
O agente causador da “doença”: você. Você sussurrando no meu ouvido o que na verdade é minha cura. Mas aí, retira o cenário do banquinho e diz à personagem que a peça de história de romance acabou porque chegou mais uma vez a tal razão. Espectadora fiel desse espetáculo que fica ali cutucando com vara tão curta o amor, que ele de tão irritado na maioria das vezes cede e a deixa encher minha mente com suas análises, filosofias e metodologias baratas que fazem sentido só para mim, e às vezes nem isso. “Quero saber”, “quero entender”, “porque ele?” “eu não posso”, “e se eu sofrer”?
Será que não tem nenhum diretor nessa história pra dizer a mocinha parar de querer ser tão racional, e achar que amor é uma ciência exata?
Eu preciso confessar que me irrita muito eu não ter mais o controle sobre mim. Me causa muita irritação minhas decisões terem prazo de validade. A decisão da semana passada de que eu não ia mais falar com você e muito menos te ver, valeu só por algum, pouco, tempo. O prazo de validade dela ia até o dia em que você cantou a nossa música e disse que me amava. O que vai permanecer por prazo indeterminado na minha memória.
Mas a minha irritação não é com você, é comigo mesmo. Me irrito de estar tornando ilícito algo que é recomendado. De estar negando os convites para o cinema e nos privando dos domingos que passariam a não ser mais entediantes se eu permitisse. E tudo isso por tão pouco perto da transformação que você fez, da pedra pra carne. Me irrita eu querer saber e entender tudo como se isso fosse mudar alguma coisa do que eu sinto.
Mas eu preciso mesmo saber e entender algumas coisas. Quero saber e entender tudo de você, ou melhor, tudo de nós. Reorganizem o cenário do banquinho, chamem os personagens, o ensaio acabou. Por favor, peçam para a razão assistir de longe sem atrapalhar, que a história vai começar.

por Jéssica Reges

Essas histórias abre um espaço para Jéssica Reges, porque esse texto merecia, e muito, ser divulgado.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Esse é só o começo do fim...

Por um mês eu fiquei pensando no que iria escrever pra você. Hoje eu ainda não sei bem se quero falar sobre o fim ou sobre tudo aquilo que se passou antes de chegarmos aqui. Eu ainda sou uma confusão de sentimentos. Me divido entre a mágoa, a saudade, a tristeza, até mesmo raiva, por que não? Mas também a vontade de seguir em frente.

Você vai levando a sua vida e parece que faz questão de me fazer ficar sabendo disso. Ver você caminhando também me divide entre querer que você siga ou congelar nós dois enquanto andávamos lado a lado. Quando fazíamos planos que jurávamos que um dia iam se concretizar.

Sinto falta dos combinados, das apostas, das propostas e até mesmo das provocações. Ainda me pego pensando naquele casal maluco tão querido pelos amigos. Pessoas essas que também ficaram meio órfãs com o nosso fim. Não porque estivemos sempre juntos, nós sabemos bem das inconstâncias que passamos nesses 6 anos, mas porque eles também acreditaram que dessa vez nós iríamos durar.

Não duramos. Outra vez eu me pergunto o que aconteceu, como deu errado, quando nos tornamos estranhos um para o outro. Ao mesmo tempo, paradoxalmente, fujo das respostas que não existem, para tentar enterrar de vez a história que nos deixa empacados no mesmo lugar há tanto tempo.

Parece que não sei terminar a nossa história, tão acabada e desgastada pelo tempo. Não sei me despedir, talvez por amor ou por costume. Ou os dois. Acho que nem você, mesmo com seu radicalismo todo, sabe dizer tchau. É sempre um até logo. Até chegarmos naquelas conversas frias e tão sérias, diferente de tudo que já fomos, só pra saber como é que a gente tem passado.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Aquele nosso tempo

Eu posso mentir, dizer que não fez diferença na minha vida, ou então não falar nada. Mas meu silêncio diz muito mais do que essas palavras presas na minha garganta. Eu só queria que você soubesse que do muito que levo comigo, são coisas boas, boas memórias e lembranças. Vai ver foi por isso que foi tão difícil te cortar pra sempre, te tirar de mim e da minha vida.
O tempo passa e eu me pergunto quando foi que a gente deixou isso acontecer, quando foi que o resto do mundo começou a saber mais da gente do que nós dois?
Não vou dizer que te espero, porque você sabe que não. Não vou dizer que eu te amo, porque você sabe que não. Mas eu queria deixar claro que amei, do meu jeito, da minha maneira, eu amei você e me perdoa pelas vezes que você duvidou. Quero dizer também que superamos muita coisa, superamos nós mesmos, e eu vi você se reerguer. Eu queria que você me visse também. Só pra eu te provar que estou feliz e não quero ir embora.
Eu quero ficar e não é por você.
Mas mesmo assim, você ainda é aquele calorzinho que eu gosto de levar no peito, aquela saudade boa que eu chamo com certa mágoa de ‘aquele nosso tempo’.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu me lembro sempre onde quer que eu vá...

Me perdoa? Por nunca ter dito as coisas pra você enquanto era tempo? Por nunca ter contado o quanto eu admirava você? Agora, ainda que tarde, eu resolvi falar.
Você sempre foi o mais especial. Os meninos que me desculpem, mas as suas piadas sempre foram as melhores, as suas gracinhas nunca foram grosseiras, os seus conselhos sempre foram os mais certos e os nossos papos sérios sempre foram os mais divertidos. A gente sempre conseguiu falar de tudo, inclusive da gente, ainda que "nós dois" nunca tenha existido. Mas, confesso que não fui honesta quando omiti o ciúme e o fato de estar me apaixonando.
Aquele dia que eu fui embora, lembra? Foi por isso. Eu estava quebrando as regras e precisava escapar antes que mais algumas coisas fossem destruídas. Você ficou bravo, mas eu sabia que não seria por muito tempo. Não tinha jeito. A gente não conseguia ficar longe ou bravo por mais que uma semana. Mas eu tinha medo ou talvez a certeza de que uma paixãozinha pudesse estragar as coisas.
Eu não sei explicar, você também não sabia, o que é que existia entre a gente. Não era só uma amizade, era mais que isso, mas não era um amor daqueles que se quer envelhecer juntos. Era aquilo, aquela coisa sem nome, aquele sentimento só nosso, que a gente não sabia e não queria explicar.
Hoje, apesar da enorme saudade, é esse sentimento sem nome que me faz seguir em frente. Porque também é esse sentimento que me faz sentir você aqui, do meu lado, todos os dias.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ainda lembro

Nossas vidas longes e sem nenhum contato é algo que me incomoda, ainda. Nem nas horas de raiva me imaginava sem falar com você. Sem pelo menos saber da sua vida... como tá a sua vida?
Não sobrou nada, nem uma carta, foto, mensagem, e-mail, recado, e mesmo assim ainda lembro.
Lembro de detalhes importantes, pelo menos pra mim, como os chocolates e risadas. Lembro das nossas tardes... você ainda tem tardes assim?
Lembro da nossa música e de como você me dizia que ninguém iria me amar da mesma forma, com a mesma vontade, querendo tão bem, lembra? Quando foi mesmo que eu me esqueci de tudo?
Me incomoda pensar em você, me incomoda as boas lembranças e esse calorzinho no meu peito quando lembro de você. Nem todos conseguem deixar tantas coisas boas, muito menos fazer falta.
Nem eu?
Me grita um pouco, recorda um pouco, me pergunte como está a minha vida... Me diz que nem tudo foi em vão e eu posso saber mais de você. Não esquece, nem liga o 'foda-se' de novo. Aconteceram tantas coisas que eu iria precisar de muitas pizzarias e vinhos pra te contar tudo.
Meu cabelo está maior, e eu continuo com aquela mania de mexer nele sem parar. Eu ainda minto da mesma maneira, começo a rir do mesmo jeito, e continuo com aquele olhar que você classificava como 'perdido'. São as mesmas manias, mas eu já não sou a mesma. Queria que você conhecesse o agora, ou não, nem eu sei mais.
Acho que tudo ficou guardado naquele tempo, ou melhor, no nosso tempo.
Meu e seu, nada mais.
Vai ver já nem tem espaço pra nós dois nessas vidas que acabaram aparecendo, e, mesmo assim, ainda lembro.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta os olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita...

O que será que será,
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá,
O que não tem limite...

O que será que me dá,
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem governo nem nunca terá,
O que não tem juízo...



eu tinha que postar essa música um dia...

domingo, 1 de agosto de 2010

Precisa ser assim?

Senta aqui. Fala pra mim. O que aconteceu? Alguma coisa deu errado? Não deixa eu acreditar que tudo tá sendo como antes. Não deixa eu achar que aquelas pessoas tiveram razão. Diz pra mim que você só não sabe lidar com a saudade, que o único problema foi esse. Pronto, eu já voltei, tô aqui. A saudade acabou.
Não me faz pensar que você é o mesmo menino de 15 anos. Me faça acreditar que você já é um homem, como eu acreditei durante esse tempo. Não me deixa aqui pensando que isso vai ter um final que nós dois vamos acabar sofrendo depois. Aquele texto que diz "já encontrei o amor da minha vida, agora alguém me arranja um namorado?" não precisa ser verdade. A gente pode ser as duas coisas. Que mania você tem de complicar tudo, de querer sofrer, de passar por altos e baixos.
Se esse é um pseudo momento pra lavação de roupa suja, eu vou dizer que eu odeio essa mania sua há 6 anos. Desde o dia que eu te conheci. Essa inconstância. Esse quero, não quero e daqui 5 minutos posso querer de novo. Seres humanos são inconstantes, mas você deve ser de outro planeta. Você é no minimo umas 2 vezes mais inconstante que o resto dos terráqueos.
E o que eu preciso é de segurança, de um 'eu te amo', de atitudes... Atitudes bem diferentes das que o nosso amor, descrente e lutando por vida, vem assistindo nos últimos dias.

domingo, 25 de julho de 2010

Despedidas

Nossa despedida foi no escuro, o sol há muito já tinha se deitado.
Lembro que demorei a virar de costas, queria guardar um pouco mais daquilo tudo que foi nós dois.
Eu consegui esquecer muito depois que acabou, acho que esqueci até que o sol nascia sempre... Consegui esquecer todos os outros e lembrar apenas do seu sorriso, e querer um pouco de você em todos.
Mas a gente se encontrou e como de costume nossos olhares se cruzaram, eu não resisti e comecei a rir. Eu não consigo ficar séria perto de você, já percebeu?
Começou tudo de novo...
A gente se abraçou e foi como se matássemos as saudades de tantos meses, senti uma vontade louca de chorar, mas você disse 'NÃO' me ver chorando era a última coisa que você queria.
Eu não podia esconder nem pra mim mesma a vontade de você. Me falaram que eu era sempre a última a perceber as coisas... Eu juro que não queria ter sido a última dessa vez.
Nós estávamos de mãos dadas, como deveria ter sido, eu não conseguia te largar, e você não queria que eu fosse embora.
Me fez dançar, me fez cantar, e sussurrou em meu ouvido: Eu te amo.
Eu te ajudei com a camisa, e prometi pintar as unhas de vermelho. Você deitou em meu ombro e a gente ficou mais próximo pra fazer o frio acabar logo...
E eu quase tinha me esquecido que o frio é muito maior quando você não está por perto.
Nós conversamos mais, choramos de rir e de saudade prematura.
O aperto começou, eu olhava no relógio me perguntando que horas ele começava a parar.
Você só sorriu... Como se o meu desespero não fizesse tanto sentido assim.
Eu implorei:
- Não vai embora.
- Eu sempre vou voltar pra você.
- Vai demorar muito?
- Não, estamos além do tempo, você sabe...
- Eu não quero me despedir de novo!
- Não precisa...
Fechei os olhos úmidos e senti seu beijo.
Acordei chorando outra vez, mas desta vez, o Sol tinha acabado de nascer.

domingo, 18 de julho de 2010

O último

Obrigada. Por todas as risadas, as danças malucas e as conversas intermináveis por telefone. Pelas noites não-dormidas, pelo carinho antes de dormir, por ter saído pra comprar remédio pra resfriado as onze da noite.
Obrigada por ter se feito presente nas horas tristes. Por ter me irritado ainda mais nas horas de irritação e por achar engraçada essa minha dificuldade de falar algumas palavras.
Obrigada por ser tão gentil e delicado, e um obrigada muitíssimo especial por você tocar Tom Jobim de madrugada tão bem. Obrigada por ter feito algumas histórias de futuro.


Eu não vou chorar.E se eu chorar, não é por mágoa, acredite. Já é saudade. É o respeito que eu sinto por você.
Eu quero dizer tchau com um sorriso nos lábios. Foi sempre tão assim, não quero que mude na despedida. Aliás, quero que a despedida seja a parte mais bonita, porque é assim que eu quero me lembrar da gente. Vamos deixar as mentiras pra outras histórias, nós não precisamos disso.

A gente não precisava ter tido esse fim,assim, tão convencional. Eu poderia ter virado bolha de sabão, ou você um protetor divino de alguma flor em extinção que só existe do outro lado do mundo. Mas acabou a vontade. E é essa a minha dor. Quando foi que passamos a ser tão desinteressantes?

Eu continuo aqui. Correndo o tempo todo, um copo de café e uma dose de tequila, vez ou outra. Vou indo, construindo laudas e laudas de qualquer coisa, ouvindo umas bandas ruins aqui e ali, ajudando minha irmã com os deveres de casa e me lembrando de você em tudo que eu faço.


Eu continuo amando você, como sempre. Manda um beijo pra sua mãe.


Vai bem, cuida quando for beber e dirigir, por favor. E eu vou também.

Vai ver esse choro contido vai acabar de vez quando você vier aqui buscar alguma coisa que tenha esquecido. Ou na próxima vez em que forjar um encontro por acaso. É, amor. Vai ver é só fechar os olhos e pensar em nada, ou na cor púrpura. Vai ver...

Olha, eu acho até que esse foi o amor mais sincero que eu tive. Quero até ver como vou me sair construíndo uma outra história, o meu pra sempre sem você.


Tudo passa, a gente sabe.


"Se eu cantar não chore não
É só poesia
Eu só preciso ter você
Por mais um dia
Ainda gosto de dançar
Bom dia
Como vai você?"

sábado, 3 de julho de 2010

Foi embora cedo demais.

Eu achei que já tivesse escrito o texto mais difícil pra você, mas nao imaginava que este estivesse por vir. Tem horas que eu ainda não consigo acreditar, parece que tudo não passa de um sonho e que a gente vai sair junto de novo. Eu queria ouvir você mais uma vez, pra me dizer que vai ficar tudo bem. E apesar de saber que você tá tomando conta da gente, onde quer que você esteja, eu queria que você estivesse ao meu lado.
Tá tão difícil agora, mas eu sei que com o tempo essa dor vai passar. E aí eu vou me lembrar de todos aqueles bons momentos que nós passamos, bons momentos que, nós que tivemos a sorte de te conhecer, passamos.
Sempre vou lembrar dos seus sorrisos, daquelas risadas boas, vou me lembrar dos seus conselhos, do seu bom humor, do seu alto astral, da sua bondade e da lealdade. Vou me lembrar do som agradável da sua voz e do seu violão, da sua alegria de cantar, das suas músicas preferidas e do seu jeito "Jô Soares" de acabar com elas.
Vou me lembrar do seu jeito de dirigir, das suas histórias e "palestras", do seu jeito de dançar, das viagens e do seu espanto sempre que eu completava mais um ano. Vou me lembrar das nossas conversas que recordavam de quando nos conhecemos, quando eu tinha apenas 13 anos, e gritava você na rua. E eu nunca vou esquecer de tudo que aprendi nesses anos todos com você, das lições de vida e da amizade verdadeira.
Talvez uma das maiores lições eu esteja aprendendo agora: você deu adeus deixando saudade e admiração em tanta gente, coisas que só um grande homem poderia conseguir.
Esse não é um texto de despedida porque a gente não se despede daqueles que ama, já que eles vivem pra sempre na nossa memória e no nosso coração. Além do mais, um dia a gente ainda vai se encontrar de novo. Esse é um texto de agradecimento.
Obrigada mesmo, por tudo! Por ter feito parte da minha vida e ter me ensinado tanto. Eu tive o prazer de ser sua amiga e essa alegria eu vou levar durante toda a minha vida. Eu te amo muito!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Não acaba aqui...

'Eu tenho três coisas pra te falar [...] Mas a gente ainda vai ter tempo de conversar.'
O estranho mesmo é que tudo que nos faltou foi tempo. Faltou tempo e a gente tinha planos demais, eu sei. É inevitável pensar em como poderia ter sido, e no que poderia ser as três coisas que você precisava me dizer... Mas o mais inevitável ainda é não pensar em você.
Não me lembrar de você em algumas músicas que tocam, e de como você me disse ‘eu já guardei o seu lugar’. Lembrar do que você me dizia, das conversas, e rir praticamente de tudo que você falava, das suas brincadeiras, e de como você vinha em minha direção com aquele seu sorriso enorme.
Você era diferenciado, especial. Você tinha uma capacidade única de fazer com que todos se apaixonassem por você, confiassem em você, esperassem por você. Você significou tanto para tanta gente, e isso poucos conseguem.
Você conseguiu!
Dói muito ainda pensar em você, lembrar, parece que eu vou sair com os meninos e você vai tá junto, e a gente vai dançar e você vai me pedir pra cantar ‘Evidencias’, vai me dizer que não importa se muita coisa não é verdade já que a parte do ‘eu sou louco por você’ é, e eu vou rir e a gente vai bater nossos recordes dançando muito.
Acho que nunca mais alguém vai gritar que é meu aniversário mesmo não sendo, nunca mais eu vou desempatar o jogo do dedinho, nem vou te ajudar a amarrar a pulseira ou desenrolar a manga da sua camisa. Não vou te abraçar porque eu senti frio, nem vamos beber cerveja juntos enquanto eu escuto do seu passado e te conto o meu.
A gente teve relativamente pouco tempo, e não me parece justo te perder agora, mas tem certas coisas que nós não temos capacidade, ainda, de entender. Não conseguimos descobrir por que você, por que tão cedo, por que agora, justo agora...
Mas existem mais coisas entre o céu e terra do que nós mesmos podemos imaginar, eu sei que não acaba aqui, que a sua jornada não foi em vão. Que as pessoas que tiveram o privilégio de conviver com você, de estar ao seu lado, nunca vão te esquecer.
Vai doer menos aos poucos, mas a saudade que você deixou vai ser eterna.
Eu te disse uma vez que o único jeito que eu consigo dizer tudo é escrevendo, e você me elogiou, disse que eu era sempre muito direta quando escrevia...É verdade.
E esse texto é todo seu, meu querido.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

When the music is over

Agora que é impossível, quase insuportável, me ouvir. Agora que eu prefiriria não escrever nada, não dizer nada, nem ouvir, nem lembrar. Nada. Agora que eu não sei mais como vai ser. Agora que até o céu congestionou, que a desconfiança do caetano ficou maior, que as cores não tem mais tanta graça,que as vozes já não fazem nenhum sentido.

Agora que eu venço quando sonho, e quase. Amanheço sem querer. Agora que eu me esqueço quando almoço. Só agora.

Lembranças de um sorriso tão possível quanto aberto. A imagem de uma camisa branca balançando no varal de algum lugar da minha cabeça que não sei onde é. Cadê você?

Sejamos realistas: nada aqui faz muito sentido. Nem a falta de amor, nem amor de verdade, nada. No fim restaremos incompletos de alguma coisa ainda sem nome, com o coração partido, miolos no teto e estômago revirado. Sonhamos extáticos. Sonhamos com o que sobrou. Sonhamos demais.

Não faz sentido nenhum, não é possível entender, nem tenta. Um gosto amargo na boca. Noites que viramos esperando o sol nascer... que sentido faz? Fez?

E a gente vai vivendo pra passar o tempo que nem criança na aula de educação religiosa ou cronista de praia paraguaio. Não adianta o mar, não adianta voltar a ser criança. Não adianta chorar. É sério demais dizer qualquer coisa. Me desculpa por qualquer coisa, mas me desculpa. Nem eu sei mais do que tô falando, não adianta.

A gente vai indo sem saber dizer tchau.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Volto Logo.

Essa não é a primeira vez que eu escrevo um texto pra você, mas é com certeza o mais difícil. Eu queria poder sair correndo pra te falar tudo isso, mas agora não dá. Você tá um pouco ausente e nem sequer deu tempo de dizer um 'até mais'. Como você mesmo me disse: "Essas coisas são estranhas demais".
Mas estranho mesmo é você não estar por perto. Sem você pra ouvir as minhas "histórinhas" ou pra contar as suas, pra fazer algumas graças quando eu estou de mau humor. Esquisito mesmo é não escutar a sua voz e o seu violão tocando. É não rir de você, não retribuir o sorrisão que você me dava...
É impressionante como a convivência faz este tipo de coisa: faz com que eu me lembre de você quando vejo as coisas que você gosta ou nos minímos gestos e atitudes das outras pessoas. Sem contar as tantas vezes que eu menciono você em quase todas as histórias que eu conto pros outros.
Tudo tão estranho. Eu não percebi como estava habituada com a sua constante presença na minha vida durante os últimos seis anos. Só percebi o tamanho da ausência e da saudade nesse último mês.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ilhas de distância

Tudo bem, ela só disse que ia procurar um lugar melhor pra brincar. É que aqui as pessoas tem esse hábito de perguntar e exigir respostas prontas. Eu não quero nem ouvir a sua dúvida sobre mim, nao faz diferença. Só quero um lugar melhor pra brincar. Só.

É pura distração essa procura constante do que não se pode ver. Eu escrevo pra, quem sabe, você nunca ler. Contra o tempo. Contratempos de distância.

Pra quê?
Inventar histórias e acreditar na mínima verdade que existe nelas. Sempre há verdade, não importa o que seja.
Agora mergulha fundo no nada. Se afoga em tudotudotudo, engole tanto nada que já não se sabe mais o que é você ou o que é nada, é tudo uma coisa só.

Não há nada comigo.

É que ele está com muita coisa na cabeça e é tão difícil ser amável quando se tem tanto na cabeça e quase nada no coração. Ele quer se deixar ir, respirar o impossível, explosões simultâneas na íris.

E ela só quer um lugar melhor para brincar.


"Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo"

domingo, 13 de junho de 2010

Desencontro

Nós somos desencontros e encontros inesperados, somos a vontade de sumir e de aparecer de repente.
E pensar que eu nunca te disse o quanto você foi importante, nunca te disse que as coisas que eu fiz foi por medo de não ter você de verdade, foi por insegurança, foi por causa dele. Sempre ele. Meu coração tava até cansado de pesar tanto por causa dele... Mas você mudou muito as coisas pra mim. Mudou tanto, mudou sem ver.
Só agora eu vejo o quanto eu quis, o quanto eu tava bem, o quanto a gente tava feliz.
Eu lembro da primeira vez que a gente se encontrou, voce tava de chinelo, e todo mundo te irritando porque voce tava 'desarrumado' assim, mas eu achei lindo, sua simplicidade sempre foi algo que me encantou. Acho que agora o que eu mais queria era poder te ver chegando na minha casa do nada, queria poder saber que você ta bem, ta perto, queria receber alguma mensagem do nada. Eu queria sentir tudo, tudo de novo...
O seu abraço, o seu jeito carinhoso, a sua falta de paciência, a sua falta de vontade em parar de usar aquela linha transparente no cabelo que me incomodova. O seu jeito 'freddie' de falar, ou a sua mania de pegar no meu cabelo... Eu sinto falta disso. Sinto falta de muita coisa, sinto falta dos churrascos, passeios noturnos, cinemas, risadas, mensagens, abraços, beijos, as cocas e cervejas divididas.
Sinto falta de você.
Só não sinto falta do nosso 'pé a trás', acho que só faltou um pouquinho pra gente pular de uma vez.
O engraçado é que o pouco que faltou, foi o suficiente pra nos perdermos no meio do caminho.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nosso.

Eu queria que as pessoas entendessem que meu coração dispara quando eu vou te ver, que eu sinto um arrepio quando ouço a sua voz e abro um sorriso quando você pega no meu cabelo. Queria que todo mundo entendesse que quando você me abraça eu não tenho vontade de ir pra nenhum outro lugar e que quando a gente se vê eu queria não precisar ter que ir embora, queria não ter que fazer mais nada. E o resto da humanidade não entende como é engraçado ouvir você contando suas histórias, ninguém sabe como eu tenho vontade de rir quando você fala as coisas bonitinhas, mas ao mesmo tempo quero te congelar ali, pra continuar falando tudo aquilo só pra mim.
Mais ninguém no mundo sabe porque mesmo depois de tanto tempo eu ainda fico nervosa e meio boba com e por você. Não sabem mais ainda porque mesmo com tantos anos eu ainda continuo te amando e querendo passar a vida do teu lado.
É, pensando bem, eu não quero mesmo que nenhum deles entenda, pra quê fazer um espetáculo do nosso infinito particular?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Não me olha assim

Somos alguma coisa entre agora e nunca mais.
Estamos no meio de algum desejo louco que reina em nosso olhar.
Então.. não me olha assim. Não faz esse desejo surgir em mim.
Eu sei, eu não sou confiavel.
Sou inconstante demais pra te jurar alguma coisa, depois do beijo eu posso fugir de novo.
Posso sumir, e deixar voce sempre tão amável, e fim.
Mas não desejo isso pra mim...
Conhecemos minha tendencia para aquilo que é dificil, então.. não me olha assim.
Não me deixa ver em seus olhos qualquer sinal de vontade, e também não me liga justificando o que não aconteceu.
E não me pede nada, se no final voce vai sempre voltar pra ela, nem me faz pensar em alguma coisa que pode ou poderia ser.
Futuro é algo que nunca vamos ter.
Então, por favor... não me olha assim!

domingo, 9 de maio de 2010

Sua volta

Você chega com beijos e promessas... me jura a Lua e me entrega o Sol.
E sem pensar eu me deixo invadir por um velho sentimento que eu jurava morto, enterrado e bem partido aqui dentro de mim: querer você.
Eu estava bem, me preocupava com ser feliz e aonde ir aos domingos, mas você chega com toda aquela vontade de reviver o passado... e eu me pego realmente pensando em mudar alguma coisa, esse desejo me invade. Mas, ao mesmo tempo eu me preocupo com outros, com ele, com elas, comigo... NÓS?
O que vai ser de nós?
E quem somos nós?
Eu sou tão diferente daquela menina de 15 anos com olhos de criança e mundo no coração, eu não posso e nem vou repetir os mesmos erros, e se você quiser me acompanhe...
Meu mundo é assim agora, eu não consigo mais ficar parada meu bem, e não aceito mais meias palavras e algumas verdades, eu quero tudo.
Eu preciso de tudo, e preciso do melhor que a gente puder ser, só assim, eu vou voltar a acreditar em você.


*texto dedicatória

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Constatação

A gente tinha um combinado?
De não se deixar afetar, porque somos os dois muito fortes, e bem resolvidos. E as pessoas nos respeitam, porque somos centrados e diretos. Não é?
Mas a gente tinha combinado que a nossa amizade era boa também, que a sua companhia, só ela, me faz muito bem apesar de tudo.Que perto de você, eu seria menina de mundo no coração, que chora fácil. E você, me contaria os seus problemas e as suas histórias de infância. E depois a gente ria de tudo...
Eu sinto falta das noites na calçada do meu prédio, conversando sobre coisas esquisitas e avulsas, vendo os carros passarem pra qualquer lugar.
Imaginando pra onde aquelas pessoas iam. E eu chegava a conclusão de que 'nós é que somos felizes', já que nós nos temos pra conversar.
Mas aí, eles voltaram.
Derrubando tudo, gritando, correndo,chorando. E toda aquela calma que eu sentia no seu abraço, se foi com a chegada deles. Por uns instantes, eu ainda pensei que continuaríamos bem, amigos, nos tendo pra conversar. Mas ela te tirou, do único lugar em que eu te encontraria. E ele me deixou mais triste, querendo cada vez mais falar com você.
Agora, eu te desconheço. Rezo e peço pelo dia que ela vá embora outra vez, pra eu ter meu amigo de volta. Sou egoísta, nós combinamos não ser?
Lembra quando você me disse que eu tinha um bom coração,um coração evoluído? Não, eu não tenho. Eu não quero que você volte pra ela, mesmo que sua felicidade se resuma a isso. E eu não posso garantir que vou te fazer feliz também, sou instável demais pra prometer qualquer coisa.
Mas não me deixa.
Quero poder te mandar emails sem sentido, e você me responder no mesmo nível.
Quero poder te ligar e dizer: vem pra cá! Quero poder contar com você novamente. Quero que você conte comigo.
Não vai embora de mim, por favor. A gente se parece muito mesmo.Nenhum de nós dois é bom em cumprir combinados.
O combinado era você estar sempre perto, mesmo que longe.
O combinado era eu não me apaixonar por você.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

E deixa o tempo ver...

Eu nunca vou entender pq a gente é assim, sempre aparecendo quando tudo já sumiu. Eu não entendo pq é que você agora insiste em saber da minha vida, em se interessar. E não entendo pq isso me deixa balançada, eu tinha jurado que isso não ia mais acontecer, não tinha? Tinha, eu me lembro que tinha. Alguém se lembra desse juramento?
Mas parece que eu esqueço de tudo isso quando vc me pergunta como foi o meu dia. Sinto saudade de algumas coisas. Sinto saudade das suas frases de todos os dias, saudade das suas chatices com comida, do seu jeito de mexer o cabelo... Daquelas coisas bobas que a gente nem pensa que um dia vai sentir falta. E acaba sentindo.
Hoje eu passei na porta do lugar onde nos conhecemos. E me deu uma vontade tão grande de voltar pra lá. Uma vontade tão grande de te perguntar onde foi que tudo deu errado, quando foi que tudo se perdeu.
E agora o destino ou a vida, sei lá o que foi, fez a gente se reencontrar. O problema é que, apesar de sentir saudade, eu não sei se quero correr atrás de tudo que já foi. Não sei se quero recuperar o tempo e o sentimento perdido.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Chorume

Eu odeio o seu cheiro, sério! Odeio tudo que ele me faz lembrar.
Eu odeio pensar em como poderia ter sido e em tudo que aconteceu de errado.
Odeio ficar tentando arranjar explicações, e motivos que possam justificar suas atitudes, ou até mesmo soluções para que essa história tenha um fim. Eu odeio mentiras, odeio conversas e odeio estar ligada a uma situação na qual eu queria apenas distancia. Odeio não sentir raiva de voce e descobrir que eu não sinto nada. Quando nada é o sentimento, é sinal de que não existe encantamento, não existe aflição, vontade, saudade e que não existe tempo para as explicações que ficaram subentendidas, elas simplesmente não precisam ser feitas.
Mas por incrível que pareça, eu continuo odiando o seu perfume, acho que é porque ele pertencia a uma época em que eu queria sentir alguma coisa, que eu PODERIA sentir alguma coisa, ou melhor, que eu finalmente senti.
Alguma coisa sem nome definido, mas que agora não existe mais.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Nosso dia

E aí, eu te vi.
Foram alguns segundos, mas eu te vi. Eu sei que você me viu também, você tinha o dom de me achar nos lugares, mesmo distante. E bem naquele lugar que eu ja estive tantas vezes ao seu lado, só assistindo.
Passou um filme na minha cabeça, na minha memória, justo nesse dia.
Por que hoje?
Me veio aquela nossa música de trilha sonora, e me bateu aquela vontade louca de sair correndo, te abraçar e gritar: Você não esqueceu! EU SEI. Me prova!
Foi só outro desejo que ficou pra trás.
Então, eu sorri. Me afastei, e continuei a andar.
Deixei você no seu lugar preferido me perguntando o que voce pensava enquanto eu me afastava.
E depois eu não pensei mais nada. Eu fui embora outra vez.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Janela sobre a nuca

As coisas são donas dos donos das coisas e eu não encontro minha cara no espelho. Falo o que não digo. Estou, mas não sou. E entro num trem que me leva aonde não vou, num país exilado de mim.

Eduardo Galeano

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tchau

Parece um medo bobo, mas eu não acho que seja. Dizem que é falta de coragem pra ser feliz. Eu afirmo até a morte que é só pavor do sofrimento porque eu sei que é assim que as coisas são no final. Merda, lágrimas e sofrimento puro.
E eu vou jurar nunca mais acreditar em homem nenhum, nem nas risadas, nem no amor e até na felicidade. Não vou acreditar nessa felicidade que as pessoas decretaram que só é possível ao lado de outra pessoa, amando pra sempre. Posso ser feliz comigo, não posso? Com a minha mãe, as minhas irmãs e até mesmo com os meus cunhados chatos, não posso? Com a minha cachorrinha e com os meus amigos?
É que se eu acreditar que posso ser feliz com você eu vou acabar chorando, entende? Foi assim tantas outras vezes... Eu não estou apaixonada por você. Não sou louca. Sei que você é apenas educado e divertido e não está apaixonado por mim. Já disse, não sou louca.
Você não é só você. Você pode ser outro amanhã. Outro que vai me fazer rir e querer fugir também. É que eu queria, lá no fundo, ser feliz como o mundo decretou que devemos ser: com alguém que não seja a mãe.
Só que eu já levei tanta porrada, já chorei por tanta merda que eu quero correr. Sei que se eu continuar rindo e gostando da sua companhia vou acreditar no "felizes para sempre". Posso gostar não só da sua companhia, como de você. Já pensou que droga?
Então você vai perceber que eu gosto de você e vai logo cair fora. Eu vou ligar pras minhas amigas chorando e te xingando. Então vamos poupar tempo, contas telefônicas, lágrimas e ouvidos alheios.
Combinado? Da próxima vez promete que não vai pegar na minha mão? E aí tudo pode ser mais fácil, não concorda? Eu sei que concorda, não tem como não concordar.
E vai ser sempre assim. Com o próximo e com o outro depois dele. Eu vou fugir da dor e da falta de ar que me dá quando eu choro. É que eu pareço ser forte, divertida e até descolada, mas no fundo eu sou a maior manteiga derretida que você já conheceu.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Saudade do que poderia ter sido.

Lá estava você. A primeira pessoa que eu vi quando cheguei. A primeira pessoa que foi me cumprimentar e que, de repente, fez um filme todo passar por mim naquele abraço. Um filme só com as coisas boas, porque as ruins a gente acaba esquecendo com os anos.
E eu achei curioso ver você depois de tanto tempo. Nenhuma tremedeira, nenhum pânico, nenhuma vontade incontrolável, o coração não disparou... Não dava pra acreditar que eu realmente não sentia nada com aquele abraço que eu tanto gostei, que eu tanto busquei e que eu desejei todos os dias.
Mas aí não foi só um abraço. Foram longas horas de conversas frias e superficiais, de algumas brincadeiras que lembravam como já fomos íntimos um dia, de alguns elogios e até de uma pontinha de saudade. Fiquei pensando como tudo foi se perder, já que a gente ainda se divertia juntos mesmo sendo praticamente estranhos um pro outro.
Então a gente se despediu e a vida segue em frente. Sem dúvidas ou vontade de voltar atrás, só com a certeza de que é melhor você aí e eu aqui.
Não é tristeza, não é amor, não é vontade de voltar. É só uma decepçãozinha por você só ter descoberto agora o quanto eu fui importante pra você. Se você soubesse disso antes, a gente poderia ter sido muito mais feliz...

terça-feira, 23 de março de 2010

Me liga

Me liga?
Diz que ficou sabendo, que ta preocupado.
Me fala que eu faço tudo errado e que eu devia acreditar em você quando você dizia que eu nunca soube escolher bem. Me tira dessa confusão.
Odeio me sentir perdida sem você.

Eu to assim agora...

domingo, 21 de março de 2010

Ando Lendo Leminski:

Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

P.L

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vontade

Ela desejou um beijo de cinema, vontade de ficar na cama. Ela quis voltar a sentir saudade, desejo, ela quis estar junto.
Ela quis escutar ‘Bom dia’, e que ela é linda acordando, mesmo descabelada com a cara amarrotada. Ela quer um romântico sincero, quer flores, presença. Quer abraço, sorrisos, vontade de tudo.
Ela quer amor.

domingo, 7 de março de 2010

Clariou o dia

Ela tem riso de criança.

Com uma voz doce que quase sempre faz o mundo todo sorrir.

Mas seus olhos carregam uma força adulta, uma força de vida. Daquelas que palavras não conseguem explicar. Vem dessas histórias que merecem ser contadas.

Leva o mundo em um abraço que tem o poder de curar a dor, e quando seus olhos choram, você tem vontade de abraça-la bem forte, só pra provar que ela não está sozinha e lembrar que a sua alegria clareia os dias mais cinzentos.

E assim, ela já sabe que mesmo pequeno, o meu degrau é todo dela.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

27 de Fevereiro

Se eu for pensar muito na vida, morro cedo, amor.Meu peito é forte e nele eu tenho acumulado tanta dor.As rugas fizeram residência no meu rosto e não choro pra ninguém me ver sofrer de desgosto.

Eu que sempre soube esconder a minha mágoa:nunca ninguém me viu com os olhos rasos dágua.
Finjo-me alegre, pro meu pranto ninguém ver.


Feliz daquele que sabe sofrer.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Essa noite fiz um movimento louco dentro dos meus sonhos. Senti o seu cheiro, o cheiro da madrugada. E isso muito me agrada. E eu não troco por nada. Culpada? nada disso. Tenho que acordar cedo mas nunca tive juízo. Fico puta comigo se quero e não finalizo. Foi pra eu acordar. Eu vi você se aproximar de mim. Fez que vinha, deu a volta. E se abraçou com outro alguém. Tudo não passou de ilusão. Parecia a vida me dizendo: caia em si. Tenho um demônio na carne e no corpo. Sonho acordada na escuridão da minha cela. Não sei explicar como isso acontece. Eu sinto um formigamento percorrer o meu corpo. E algo se desprende, e caminha em direção a você. Lembra de quando eu vim pra cá, a primeira vez? Virei tua vida de cabeça para baixo. Porque amor quente que nem o meu, você nunca teve nessa vida. Arrepiou por toque só. Estrago eu sei que causei. Visível, tocável e irreal. Tarde demais para nos tornarmos santos. Mas, começo a crer na ressurreição. No seu ressucitar ereto. Respiro a volúpia dos encontros casuais. Eu só peço, aparece. Não me esquece, me aquece. Você é via expressa pro excesso, diversão. É o motivo e a razão. Causa de desassossego. Estou quase sempre pronta. Quase sempre. Acho que agora eu quero morrer e viver contigo para sempre. Dance nos meus sonhos e me implore a pedir. Para que eu abra os olhos. Vem.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Porque não eu

- Por que não eu?

E aí, eu levantei meus olhos e te vi. Você tinha aquela cara de desespero, de dúvida e tristeza. Aquela cara que eu já me peguei fazendo em alguns momentos da minha vida.

- Falta algo...

Então você jurou por tudo que ia mudar, as pessoas deviam ter as suas chances. Eu não deveria ficar presa no passado, o meu passado que pesava nas nossas decisões sobre presente. Mas era mais que isso...

- Faltou você.

Faltou você querer, faltou você por mim. Eu já não quero mais arriscar a minha sorte, eu já deixei de acreditar em palavras, ou em chances. Eu quero a certeza ou nada.

-Me deixa entrar!

....

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nostalgia

Foi meio coisa de cinema, mas a gente tava em outra cidade. Muita gente correndo, pessoas gritando e eu com medo, muito medo. E aí vc apareceu, como nos meus ideais de adolescência. Apareceu e me levou dali, como se ao seu lado eu não precisasse ter medo de mais nada. E eu não tinha mesmo. E então vc me levou pra um lugar tão lindo, um lugar que eu nunca tinha ido antes e aí vc disse que eu não tinha que me preocupar, que vc ia sempre estar comigo quando eu precisasse, mesmo que a gente ficasse tanto tempo sem se ver. Então vc disse que acreditava na gente, que a gente podia ser de novo tudo que já fomos um dia. Que vc queria que a gente fosse tudo aquilo.
E eu acreditei tanto nisso. Acreditei nisso quando eu vi aquele sorriso de novo, aquele sorriso que eu não via há tanto tempo. Impressionante como tanto tempo depois o seu sorriso ainda podia iluminar até mesmo os meus dias mais tristes. Vc continuou sorrindo, como fazia nos tempos de escola, sorria muito quando me via, sorria como se eu merecesse aquele sorriso de quem tá vendo a melhor coisa do mundo. De quem tá sentindo a melhor coisa do mundo. Como é que a gente já podia saber o que era a melhor coisa do mundo?
Eu ainda me pergunto tudo isso até hoje, mas a gente devia ser a melhor coisinha do mundo, pelo menos. A coisinha que fazia o nosso coração bater mais acelerado e que nos deixava tão diferentes.
E aí eu acordei, cheia de nostalgia, com saudade daquele menino que ia comigo nas festinhas e me escrevia cartas, saudades do meu menino, que ligava pra mim e comprava o meu chocolate predileto. Saudades de quem vc era antes e não do cara que vai nas festas mais badaladas da cidade ou que vive pra impressionar todas as outras garotas que conhece.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Acho que a gente é que é feliz...



Na maioria das vezes escrevemos sobre essas coisas doidas da vida.
Sobre dores, sobre passados, sobre angustias e sofrimentos.
Escrevemos tanto, desabafamos tanto e nos prendemos a dores que muitas vezes não deixamos passar, sufocamos dentro do peito e remoemos por muito tempo.


Nos prendemos aos erros de percurso, deixamos nos abater, sofremos, quase desistimos.
É que as vezes é tão dificil. E tá tão dificil agora.



Mas ai eu vejo dias como hoje, dias em que você vê as pessoas se esforçarem para te ver sorrir, e passam dias confabulando contra você só pra te lembrar que você é especial, importante.




E você se lembra que tem tantos motivos pra sorrir.
Que a vida é tão grande pra ser desperdiçada com desesperança.




 Obrigada por hoje.
Obrigada por serem vocês.





Cada um tem um degrau inteiro no meu coração.
Eu levo vocês comigo.
Até o fim.



Eu sei que meu texto foi clichê entre outras coisas, mas foi porque eu não conseguir encontrar palavras suficientes pra agradecer.. só por isso.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Porque era ela, porque era eu

Ela levava o sol num sorriso que parecia ter desníveis de saudades.
Leves saudades de criança que sabe que tamarindo quando maduro é doce, apesar da casca azedinha.

Ela que entende do sol. Não de intensidade, nem de radiação, mas sabe bem prender seus fios em cabelos louros e deslizar fácil pelas ruas, brincando de esconde-esconde com arranha céus.

Ela que é sonho e levitação, tristeza simples. Tristeza triste de se ver.

E aí você é o que você quiser.

Enquanto isso eu fico aqui, enumerando graças criadas por expectativa de sorriso. Algum sorriso seu que faça noite se dissolver em dia.
E quando, depois de um carnaval pré destinado, a tristeza passar,ela há de bater na minha porta.

Há muito não via estrelas. Aconteceu de te ver.




*texto-dedicatória. tem aí muitas influências minhas, de alguma coisa que li, que vi, ou que escutei. Me dei essa liberdade.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Por favor

Por que você ta chorando?
Não, para. Por favor, não chora não.
Me dói, me machuca te ver assim.
Eu to aqui!
Você não pode se sentir assim, você sempre me deu tudo que eu quis, não é verdade? E quando eu chorava, não era você que me mandava parar? Mesmo você sabendo que eu chorava por minha culpa, pelas minha atitudes impensadas de sempre, você nem se quer dizia 'eu te avisei', você só me abraçava. E quando eu perdia o ar, e te perguntava 'e agora' ou outras coisas muito mais absurdas, você me olhava com carinho, e dizia 'eu quero você feliz'.
Você que não tem medo! Você é coragem, é força, tá assim?
É a sua vez de me perguntar 'e agora', eu não sei (por enquanto), mas acho que você me ensinou a acreditar, acreditar que são fases, acreditar que pode sim dá tudo certo de novo.
Eu não gosto de pensar que tá tudo errado, vai passar mãe.
Vai passar mãe.
Eu só não quero ver você desistir agora, a gente ainda vai chegar tão longe.
Não desiste, eu to aqui.