Por um mês eu fiquei pensando no que iria escrever pra você. Hoje eu ainda não sei bem se quero falar sobre o fim ou sobre tudo aquilo que se passou antes de chegarmos aqui. Eu ainda sou uma confusão de sentimentos. Me divido entre a mágoa, a saudade, a tristeza, até mesmo raiva, por que não? Mas também a vontade de seguir em frente.
Você vai levando a sua vida e parece que faz questão de me fazer ficar sabendo disso. Ver você caminhando também me divide entre querer que você siga ou congelar nós dois enquanto andávamos lado a lado. Quando fazíamos planos que jurávamos que um dia iam se concretizar.
Sinto falta dos combinados, das apostas, das propostas e até mesmo das provocações. Ainda me pego pensando naquele casal maluco tão querido pelos amigos. Pessoas essas que também ficaram meio órfãs com o nosso fim. Não porque estivemos sempre juntos, nós sabemos bem das inconstâncias que passamos nesses 6 anos, mas porque eles também acreditaram que dessa vez nós iríamos durar.
Não duramos. Outra vez eu me pergunto o que aconteceu, como deu errado, quando nos tornamos estranhos um para o outro. Ao mesmo tempo, paradoxalmente, fujo das respostas que não existem, para tentar enterrar de vez a história que nos deixa empacados no mesmo lugar há tanto tempo.
Parece que não sei terminar a nossa história, tão acabada e desgastada pelo tempo. Não sei me despedir, talvez por amor ou por costume. Ou os dois. Acho que nem você, mesmo com seu radicalismo todo, sabe dizer tchau. É sempre um até logo. Até chegarmos naquelas conversas frias e tão sérias, diferente de tudo que já fomos, só pra saber como é que a gente tem passado.
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bonito e triste, amiguinha!
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