Sempre achei meio clichê fazer esses textos de fim de ano. Mas já tinha uns dois anos que eu não tomava a iniciativa. Resolvi fazer diferente agora.
2010 foi um ano tumultuado e contraditoriamente tranquilo. Repleto de altos e baixos de emoções. Dias de extrema paz, horas de tormenta, momentos de desespero e de desejar coisas desnecessárias. O ser humano tem essa mania de querer o inatingível, aquilo que não se encaixa na sua vida. Se frustra e não entende que os tombos são justificáveis lá na frente.
Esse ano eu viajei bastante, me diverti muito, chorei um tanto bom de vezes. 2010 levou as minhas irmãs pra longe de mim e foi bonzinho, já as trouxe de volta. 2010 conservou bons e velhos amigos ao meu lado, além de ter me dado tantos outros. Alguns se afastaram, mas tenho sempre a certeza de que estarão lá quando eu precisar. 2010 também foi o ano da maior dor e da maior perda que eu já sofri nesses poucos 19 anos de vida. Ainda hoje eu tento lidar com esses desígnios de Deus, que insiste em levar pra Ele aqueles que amamos. Talvez por serem bons demais mereçam ficar lá, perto Dele, e não de nós.
2010 me mostrou que eu sou capaz de fazer, modéstia à parte, um bom trabalho e que se tem uma coisa de que eu não tenho medo é de trabalhar. Foram tardes, noites e até fins de semana e feriados gratificantes, às vezes difíceis, mas sempre engraçados na Rádio Universitária.
Enfim, minha memória sempre tão boa tornaria esse texto gigante se cada registro fosse relatado. A lição que 2010 me trouxe é o também velho clichê de viver um dia de cada vez. E em cada dia preserve e resguarde aqueles que mereçam, aqueles que você quer ter ao seu lado.
Que 2011 seja repleto de saúde, serenidade, trabalho, dinheiro, farras, amor, harmonia, pessoas queridas. Que os sonhos e as listinhas de fim de ano se tornem realidade.
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