Ela tentou não sorrir. Se fosse planejado, ele nem existiria. Não nessa vida, talvez noutra, bem longe, daqui a muito tempo. Se fosse pra escolher, eles nuncam teriam se cruzado, ou se esse encontro fosse mesmo necessário, teria passado despercebido: "se olhei foi de relance, coincidência". Ela não estava pronta. Mas aí ele aconteceu.
Ela não escolheu e teve que aprender a conviver com as passadas, os silêncios e os sorrisos dele. O remédio foi se conformar, pra quê discutir com o destino?
Não queria sorrir. Não queria fixar olhar, olhar nos olhos - nem pensar!- Mas aqueles olhos castanhos resolveram brilhar ainda mais naquela noite e, discutir pra quê?
Uma intensidade de nunca mais. Não queria sorrir. Mas o mundo tem dessas coisas de não nos deixar escolher e ele aconteceu na vida dela e sorriu de volta e os olhos castanhos dele refletiam o sorriso errado de Deus. Deus rindo dela, que por tanto tempo foi contra e agora nao teve escolha.
Ela não queria sorrir. Mas, discutir pra quê?
Quando ele aconteceu na vida dela ela queria mesmo era ficar por aí rodopiando, admirada das coisas, vendo harmonia dodecafônica em prédios, ruas e multidões. Risadas que nasceram pra ser, o mundo inteiro dentro dela. O mundo inteiro numa escala, numa nota.
O subjetivo em sintonia total.
"Há tempos me preparo para o seu olhar não mudar o meu."
E aqueles dias de Dezembro intenso foram para sempre.
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Adorei esse texto... Você está de parabéns!
ResponderExcluireu chorei.
ResponderExcluirah que lindo texto *-* , meninas me adc no msn preciso mt mt da ajuda de vocês ! Jhennysilva@hotmail.com
ResponderExcluirbeeeijos.
Nossa, é impressionante o que voces escrevem!
ResponderExcluirLembro mto de um amigo meu ~
Parabéens!