Eu poderia começar esse texto com título, olho, lead e usar pirâmide invertida, como manda a objetividade do jornalismo, mas aprendi neste feriado que posso - e devo - ser subjetiva. Não é crime ser intensa, sentir dor e medo, sofrer e amar. Aceitei que a minha sina é errar, e não ter medo de errar, e nunca deixar de acreditar.
Sempre fui apaixonada pelas ruas de tortuosas pedras da Cidade de Goiás, onde já tropecei tantas vezes e, mesmo assim, nunca deixei de amá-las e frequentá-las. Por que com a vida seria diferente? Eu continuo andando e caindo e seguindo, seguindo com paixão por cada coisa que vivo e faço.
Esses quatro dias foram encantadores não só pelo erotismo da Cidade de Goiás, tantas vezes mencionado pelo grupo. A viagem foi mágica graças às pessoas especiais e inspiradoras que conheci. Fazer parte do encontro da Casa Warat me proporcionou outra perspectiva de vida. Mesmo conhecendo tão pouco o universo waratiano eu me encantei. Me encantei por ele estar tão vivo em Buenos Aires, em São Paulo, na Cidade de Goiás, em Brasília, na Bahia, no sul do país e em cada uma dessas pessoas. Me encantei pelo jeito waratiano de ver e sentir o Direito e o mundo. Jeito esse que me incentiva agora a buscar um Jornalismo melhor, mais humano e sensível, diferente do sensacionalismo hoje existente.
A viagem para Goiás era pra mim uma espécie de refúgio, de recarregar as energias, respirar outros ares, conhecer novas pessoas, esquecer as tristezas, decepções, raivas.
Voltando pra casa vejo que consegui mais do que isso. Eu consegui entender que só preciso de pessoas mais humanas e que posso deixar de lado o quê e quem me faz mal. Depois de quatro dias de poesia, sinas, canções na chuva e um banho de cachoeira pra lavar a alma, eu jamais sou a mesma pessoa que saiu de Goiânia no sábado à tarde.
Eu agora tenho sede, sede de vida, de conhecimento, de arte, de humanidade e de auto-conhecimento.
Eu desejo ser uma pessoa melhor a cada dia!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
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