Eles pareciam fazer parte de mundos diferentes. E no fundo faziam mesmo. Ela era completamente apaixonada pelo que fazia e por tudo aquilo que rodeava esse universo. Ele nem sabia porque estava ali. Só pensava em terminar logo com isso. Só queria que aqueles quatro ou cinco anos passassem rápido pra nunca mais ter que ver aquela gente esquisita - gente essa que ela adorava.
Algumas vezes ela tentou fazer ele mudar de ideia. Largue o curso, faça algo que goste, se envolva. Muitas mensagens subliminares. Ele era doce, divertido e tímido e era isso que a encantava. Nunca era rápido demais, sabia ser tudo aquilo que ela precisava. Sabia ver desenho num domingo de manhã, tampar da chuva, fazer o frio passar, acordá-la com beijos, passar a noite em claro e rir de um jeito infantil em cenas bobas de filme.
Até que um dia ele soube ser cruel, antipático e extrovertido. Deixou de ser doce, passou a ignorar todas as conversas engraçadas e a conviver com pessoas fúteis. Estava vivendo uma vida descolada e de modinhas.
Ele passou a ser tudo aquilo que ela estava cansada nos outros. Ela se decepcionou, mas não ficou com raiva. Apenas se lamentava e tinha saudades daquele cara que ele era, fingiu ser ou que ela acreditou ser. Ela vivia angustiada porque ainda precisava do que ele sabia ser, mas que agora já não é mais.
Ele não podia e não queria mais chegar perto dela.
domingo, 10 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
"Encerrando ciclos..."
Depois de 2 anos trabalhando na Rádio Universitária, mais precisamente no Jornal das Seis, é no mínimo estranho trabalhar em outro lugar. Estranho porque a realidade começa a bater em nossa porta, porque agora eu estou muito mais próxima do “lado de lá”, com os pés muito mais inseridos na vida adulta do que em qualquer outra fase da vida.
Crescer dói, são compromissos e responsabilidades que vão aparecendo sem a gente ter como escolher. É menos colo de mãe e mais ensinamento (e tapas na cara) do mundo. São chefes ao invés do Edson, da Solange, da Flora e da Denize. Pessoas essas que vão te cobrar muito mais do que ensinar.
Entrei na Rádio em agosto de 2009, meus monitores eram a Paula Falcão e o Péricles Carvalho (só depois fui descobrir que são dois loucos, mas enfim...) Esse primeiro semestre no J6 foi fundamental pra eu realmente tomar gosto pelo jornalismo. As pontuações intermináveis do Péricles, as risadas de perder as forças e as caronas ao som de Avril Lavigne da Paulinha, as lambidas; cosquinhas nos rins da Lara e as passeatas arrebanhando pessoas do Mário, a Laura encantando o falecido Negro Jobs e a Lara nas coberturas latadas (BR e Jardim Cerrado 4 ), as reportagens da dengue da Flávia (ORLANDO!), os lanches coletivos e as notas internacionais da Barbarella, os papos intermináveis do Péricles e da Denize.
Acho que aquela redação nunca foi tão louca em toda a sua história como na presença desses monitores e dos 12 repórteres: Eu, Lara Leão, Laura Santos Braga, Mário Braz, Laura de Paula, Rubens Salomão, Vanessa Soares, Illa Rachel, Flávia Gomes, Bárbara Daher, Luísa Gomes e Raniê Solarevisky.
No primeiro semestre de 2010, a redação do J6 esteve sob o comando de Rubens Salomão e Paula Resende. Eu assumi oficialmente o cargo de “repórter MP-GO” (acho que nunca fui tanto a um lugar na minha vida). Teve até a vez que a Paula me mandou pro MP (como de costume) e a coletiva era no MPF (pelo menos cheguei atrasada e tive uma entrevista exclusiva *-* ). Dos repórteres antigos só eu, Lara, Laura Santos Braga, Flávia e Raniê continuamos na equipe. Se juntaram a nós Felipe Correa (o prodígio), Jéssica Gonçalves, Iure Queiroz e Vinícius Braga (o protagonista da melhor briga de todos os tempos com uma assessora).
Em agosto de 2010, eu e a Laura Santos Braga assumimos o comando do J6. Acho que a redação só não ficou tão louca porque os meninos eram mais tranqüilos que os repórteres de agosto de 2009 (e isso me inclui!). Somente o Felipe continuou no J6 e mais 8 repórteres entraram naquele mês: Marianna Martins (que quando os entrevistados marcavam entrevistas para às 16:30 ela começava a falar: “Myla, não vai dar tempo” – e sempre dava), Danielen Gonçalves (transformava a nossa redação em uma depressão com suas músicas e tragédias – ela já perdeu as contas de quantos velórios já foi na vida!), João Victor Guedes (gracinha, dono da melhor risada), Ana Letícia Santos (rapidinha), Jéssica Reges (amiga do Juquinha da Ferrovia Norte-Sul), Luíza Guimarães (mais conhecida como arraso no figurino), Weverthon Dias (na falta de entrevistado porque não falar com o cunhado da monitora?) e Tallita Guimarães (“ele morreu segundo o médico dele.”)
Ser repórter é uma tarefa e tanto. Ligar, escrever, sair (ainda que com preguiça) é fundamental. Mas o peso de pautar, monitorar, corrigir e editar me assustou um pouco no começo. Estar a frente de um programa e saber que ele dependia fundamentalmente de mim e da Laura era uma responsabilidade e tanto, que logo a gente se acostumou.
O costume foi tanto que permanecemos mais um semestre, agora com a ajuda do Felipe, que também se tornou monitor. Nossa equipe diminuiu, 5 repórteres, mas nem assim deixamos de colocar no ar um jornal de qualidade (#modéstia). Wynne Carneiro (ou Oliveira? Ou Valeska Popozuda?), Renato Veríssimo (“vamo fazer entrevista ao vivo?”), Liliane Bueno (minha companheira de FICA), Danilo Boaventura (que se chocou com a gente inúmeras vezes ao longo do semestre) e Iure Queiroz, que voltou para a redação (nosso fornecedor oficial de halls de melancia).
Não posso esquecer dos coleguinhas de várias equipes do Panorama (os maiores companheiros do J6), das vezes em que no primeiro semestre de rádio eu e as meninas tínhamos vergonha do pessoal do esporte e não íamos lá na impressora por isso (e fazíamos o Péricles ir), das vezes que rimos ou quase rimos no ar (e rezávamos pra que nenhum professor ou a direção da rádio descobrissem), das incontáveis idas à padaria, dos apagões, dos cafezinhos, dos trabalhos nas férias (nem eram tão chatos assim), da casa do FICA, das risadas da Dona Valdete, das histórias da Dona Joana, das músicas altas; das promessas de pão-de-queijo e das vezes que o Sobreira falava com a gente com o programa dele no ar, da Suzi, da Francis, das saídas com o Cigano (que exigiam paciência, mas rendiam muitas pérolas), do Loró conversando com o microfone aberto em plena transmissão, das encheções do Théo, do Jocerlan (“é tudo Laura”), do Lucas, do Roberto e das mil mulheres do seu Tião.
Tantas coisas, tantas recordações que é impossível falar de todas. Sei que uma nova etapa começa agora, mas ainda existe uma dorzinha no coração por deixar essa segunda casa. Nenhuma experiência dentro da faculdade se assemelha à rádio. Vou sentir muita saudade de tudo isso.
Calouros, calouros dos calouros, futuros calouros:
Aproveitem a Rádio, tirem o máximo de proveito dela, é um aprendizado incrível, nada na Facomb é tão prático assim. Cuidem da Rádio (do J6 principalmente kkkkk puxo sardinha pro meu programa mesmo!), se divirtam, coloquem programas de qualidade no ar e o mais importante: lutem pelos laboratórios, eles são nossos. Não deixem que ninguém acabe com isso, eles são fundamentais para a nossa formação.
PS1: Não é porque a Rádio é um hospício que não se leva o trabalho a sério
PS2: Não poderia terminar de outra forma. Ao som de Maysa “Minha pauta caiu”
Crescer dói, são compromissos e responsabilidades que vão aparecendo sem a gente ter como escolher. É menos colo de mãe e mais ensinamento (e tapas na cara) do mundo. São chefes ao invés do Edson, da Solange, da Flora e da Denize. Pessoas essas que vão te cobrar muito mais do que ensinar.
Entrei na Rádio em agosto de 2009, meus monitores eram a Paula Falcão e o Péricles Carvalho (só depois fui descobrir que são dois loucos, mas enfim...) Esse primeiro semestre no J6 foi fundamental pra eu realmente tomar gosto pelo jornalismo. As pontuações intermináveis do Péricles, as risadas de perder as forças e as caronas ao som de Avril Lavigne da Paulinha, as lambidas; cosquinhas nos rins da Lara e as passeatas arrebanhando pessoas do Mário, a Laura encantando o falecido Negro Jobs e a Lara nas coberturas latadas (BR e Jardim Cerrado 4 ), as reportagens da dengue da Flávia (ORLANDO!), os lanches coletivos e as notas internacionais da Barbarella, os papos intermináveis do Péricles e da Denize.
Acho que aquela redação nunca foi tão louca em toda a sua história como na presença desses monitores e dos 12 repórteres: Eu, Lara Leão, Laura Santos Braga, Mário Braz, Laura de Paula, Rubens Salomão, Vanessa Soares, Illa Rachel, Flávia Gomes, Bárbara Daher, Luísa Gomes e Raniê Solarevisky.
No primeiro semestre de 2010, a redação do J6 esteve sob o comando de Rubens Salomão e Paula Resende. Eu assumi oficialmente o cargo de “repórter MP-GO” (acho que nunca fui tanto a um lugar na minha vida). Teve até a vez que a Paula me mandou pro MP (como de costume) e a coletiva era no MPF (pelo menos cheguei atrasada e tive uma entrevista exclusiva *-* ). Dos repórteres antigos só eu, Lara, Laura Santos Braga, Flávia e Raniê continuamos na equipe. Se juntaram a nós Felipe Correa (o prodígio), Jéssica Gonçalves, Iure Queiroz e Vinícius Braga (o protagonista da melhor briga de todos os tempos com uma assessora).
Em agosto de 2010, eu e a Laura Santos Braga assumimos o comando do J6. Acho que a redação só não ficou tão louca porque os meninos eram mais tranqüilos que os repórteres de agosto de 2009 (e isso me inclui!). Somente o Felipe continuou no J6 e mais 8 repórteres entraram naquele mês: Marianna Martins (que quando os entrevistados marcavam entrevistas para às 16:30 ela começava a falar: “Myla, não vai dar tempo” – e sempre dava), Danielen Gonçalves (transformava a nossa redação em uma depressão com suas músicas e tragédias – ela já perdeu as contas de quantos velórios já foi na vida!), João Victor Guedes (gracinha, dono da melhor risada), Ana Letícia Santos (rapidinha), Jéssica Reges (amiga do Juquinha da Ferrovia Norte-Sul), Luíza Guimarães (mais conhecida como arraso no figurino), Weverthon Dias (na falta de entrevistado porque não falar com o cunhado da monitora?) e Tallita Guimarães (“ele morreu segundo o médico dele.”)
Ser repórter é uma tarefa e tanto. Ligar, escrever, sair (ainda que com preguiça) é fundamental. Mas o peso de pautar, monitorar, corrigir e editar me assustou um pouco no começo. Estar a frente de um programa e saber que ele dependia fundamentalmente de mim e da Laura era uma responsabilidade e tanto, que logo a gente se acostumou.
O costume foi tanto que permanecemos mais um semestre, agora com a ajuda do Felipe, que também se tornou monitor. Nossa equipe diminuiu, 5 repórteres, mas nem assim deixamos de colocar no ar um jornal de qualidade (#modéstia). Wynne Carneiro (ou Oliveira? Ou Valeska Popozuda?), Renato Veríssimo (“vamo fazer entrevista ao vivo?”), Liliane Bueno (minha companheira de FICA), Danilo Boaventura (que se chocou com a gente inúmeras vezes ao longo do semestre) e Iure Queiroz, que voltou para a redação (nosso fornecedor oficial de halls de melancia).
Não posso esquecer dos coleguinhas de várias equipes do Panorama (os maiores companheiros do J6), das vezes em que no primeiro semestre de rádio eu e as meninas tínhamos vergonha do pessoal do esporte e não íamos lá na impressora por isso (e fazíamos o Péricles ir), das vezes que rimos ou quase rimos no ar (e rezávamos pra que nenhum professor ou a direção da rádio descobrissem), das incontáveis idas à padaria, dos apagões, dos cafezinhos, dos trabalhos nas férias (nem eram tão chatos assim), da casa do FICA, das risadas da Dona Valdete, das histórias da Dona Joana, das músicas altas; das promessas de pão-de-queijo e das vezes que o Sobreira falava com a gente com o programa dele no ar, da Suzi, da Francis, das saídas com o Cigano (que exigiam paciência, mas rendiam muitas pérolas), do Loró conversando com o microfone aberto em plena transmissão, das encheções do Théo, do Jocerlan (“é tudo Laura”), do Lucas, do Roberto e das mil mulheres do seu Tião.
Tantas coisas, tantas recordações que é impossível falar de todas. Sei que uma nova etapa começa agora, mas ainda existe uma dorzinha no coração por deixar essa segunda casa. Nenhuma experiência dentro da faculdade se assemelha à rádio. Vou sentir muita saudade de tudo isso.
Calouros, calouros dos calouros, futuros calouros:
Aproveitem a Rádio, tirem o máximo de proveito dela, é um aprendizado incrível, nada na Facomb é tão prático assim. Cuidem da Rádio (do J6 principalmente kkkkk puxo sardinha pro meu programa mesmo!), se divirtam, coloquem programas de qualidade no ar e o mais importante: lutem pelos laboratórios, eles são nossos. Não deixem que ninguém acabe com isso, eles são fundamentais para a nossa formação.
PS1: Não é porque a Rádio é um hospício que não se leva o trabalho a sério
PS2: Não poderia terminar de outra forma. Ao som de Maysa “Minha pauta caiu”
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