quinta-feira, 26 de julho de 2012
A dor e a delícia de se ter um cachorro
Ontem (25/07) perdi a minha cachorrinha de oito anos. De uma maneira inesperada e dolorosa, vê-la dar um último suspiro me causou uma sensação de impotência e uma dor enorme. A casa parece vazia, um silêncio que incomoda. Por oito anos fui acordada com lambidas, fui recebida com pulos e corridas, tive um companheirismo único que só quem tem cachorro entende.
Você não imagina o quanto um cachorro, aquele que foi amado por tantos anos, fará falta até se deparar com as mínimas coisas que você faz no dia-a-dia sem a presença dele.
Acordar, escovar os dentes, entrar em casa, deixar a porta do banheiro fechada como de costume, não ter ninguém pra catar aquele pedacinho de carne que cai no chão, receber um encanador sem ter alguém pra latir e ao mesmo tempo morrer de medo dele, arrumar a cama sem ter que implorar pra ela descer... Cada coisinha que me faz sentir tão sozinha agora sem a Mel.
Não, não era uma simples cachorra. Era um membro da família. Alguém que esteve aqui presente nessa casa em cada etapa de nossas vidas. Minha chegada ao ensino médio, o sucesso no vestibular, as formaturas e os casamentos das minhas irmãs, o nascimento da minha sobrinha. Alguém que tava sempre ali, ao meu lado, deitada no tapete mesmo que fosse só pra ver tv.
São essas pequenas coisas que fazem a companhia de um cachorro serem deliciosas. Mesmo com todos os sapatos e bichinhos de pelúcia comidos, com o xixi feito no lugar errado e com os altos latidos, a única dor de se ter um cachorro é perdê-lo.
Melzinha, obrigada por todos esses anos de amor e de companheirismo. Você vai fazer MUITA falta, como já está fazendo, em nossa casa e em nossas vidas.
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