Eu consigo ainda escutar o seu assovio, daquela música, qual é mesmo o nome?
Não consigo ser tão direto. Preciso me fazer entender ainda por essas “pseudo ficções”, por esse mundo que faz sentido só pra quem realmente vê, e escuta. Mas eu ainda sei ouvir aquele assovio. Eu digo que ainda sei, porque você uma vez me disse que a gente desaprende algumas coisas com o tempo, né? Comigo sempre foi assim, a gente vai se acostumando a não querer saber mais, a gente esquece de sentir.
A gente se acostuma a muito pouco.
Mas se você ainda quer saber, uma coisa que eu me lembro bem é da sua voz. E de quando eu corria pra ir abrir a porta. Aquela sensação nãoseidequê que ninguém sabe de onde vem.
Mas ai, vem aquela parte natural, que acontece toda vez: Nós estávamos há muito tempo guardando um silêncio que faz mal, e foi melhor pra você que ela tenha ido embora.
É que as vezes a gente sente esse medo, eu sei como é. Mas vai passar, tudo passa.
Além de tudo isso, eu sei, você não está se sentindo bem com a situação, ela é sentimental demais, e tem o medo, e a força, e tem toda essa história que ela pode nao querer acreditar mais... é tudo tão complicado!
Alguém uma vez me disse que a pior parte é abrir a porta.
A pior parte é ter que olhar. Olhar não olhando, olhar de novo, olhar sem ver.
A gente pensa que pode escolher o não querer mais sentir.
“ All the lonely people, where do they all belong?”
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"A gente se acostuma a muito pouco."
ResponderExcluiré,a carapuça serviu
raííííssa,arrasou no texto
eu amei
;*
abrir a porta... o coração salta pela boca. as mãos soando, as pernas batendo, o jeito desconcertado de se comportar! é sempre assim!
ResponderExcluireu que o diga!
arrasou no texto. e realmente vai passar.