Muito mais que historias...

... experiencias, o cotidiano, a rotina, a vida. o nosso blog vai falar de tudo que acontece, da nossa opinião, das nossas vontades. Boa leitura!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

tchau,2010

Sempre achei meio clichê fazer esses textos de fim de ano. Mas já tinha uns dois anos que eu não tomava a iniciativa. Resolvi fazer diferente agora.
2010 foi um ano tumultuado e contraditoriamente tranquilo. Repleto de altos e baixos de emoções. Dias de extrema paz, horas de tormenta, momentos de desespero e de desejar coisas desnecessárias. O ser humano tem essa mania de querer o inatingível, aquilo que não se encaixa na sua vida. Se frustra e não entende que os tombos são justificáveis lá na frente.
Esse ano eu viajei bastante, me diverti muito, chorei um tanto bom de vezes. 2010 levou as minhas irmãs pra longe de mim e foi bonzinho, já as trouxe de volta. 2010 conservou bons e velhos amigos ao meu lado, além de ter me dado tantos outros. Alguns se afastaram, mas tenho sempre a certeza de que estarão lá quando eu precisar. 2010 também foi o ano da maior dor e da maior perda que eu já sofri nesses poucos 19 anos de vida. Ainda hoje eu tento lidar com esses desígnios de Deus, que insiste em levar pra Ele aqueles que amamos. Talvez por serem bons demais mereçam ficar lá, perto Dele, e não de nós.
2010 me mostrou que eu sou capaz de fazer, modéstia à parte, um bom trabalho e que se tem uma coisa de que eu não tenho medo é de trabalhar. Foram tardes, noites e até fins de semana e feriados gratificantes, às vezes difíceis, mas sempre engraçados na Rádio Universitária.
Enfim, minha memória sempre tão boa tornaria esse texto gigante se cada registro fosse relatado. A lição que 2010 me trouxe é o também velho clichê de viver um dia de cada vez. E em cada dia preserve e resguarde aqueles que mereçam, aqueles que você quer ter ao seu lado.
Que 2011 seja repleto de saúde, serenidade, trabalho, dinheiro, farras, amor, harmonia, pessoas queridas. Que os sonhos e as listinhas de fim de ano se tornem realidade.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Enfim:

Ela tentou não sorrir. Se fosse planejado, ele nem existiria. Não nessa vida, talvez noutra, bem longe, daqui a muito tempo. Se fosse pra escolher, eles nuncam teriam se cruzado, ou se esse encontro fosse mesmo necessário, teria passado despercebido: "se olhei foi de relance, coincidência". Ela não estava pronta. Mas aí ele aconteceu.

Ela não escolheu e teve que aprender a conviver com as passadas, os silêncios e os sorrisos dele. O remédio foi se conformar, pra quê discutir com o destino?

Não queria sorrir. Não queria fixar olhar, olhar nos olhos - nem pensar!- Mas aqueles olhos castanhos resolveram brilhar ainda mais naquela noite e, discutir pra quê?

Uma intensidade de nunca mais. Não queria sorrir. Mas o mundo tem dessas coisas de não nos deixar escolher e ele aconteceu na vida dela e sorriu de volta e os olhos castanhos dele refletiam o sorriso errado de Deus. Deus rindo dela, que por tanto tempo foi contra e agora nao teve escolha.

Ela não queria sorrir. Mas, discutir pra quê?

Quando ele aconteceu na vida dela ela queria mesmo era ficar por aí rodopiando, admirada das coisas, vendo harmonia dodecafônica em prédios, ruas e multidões. Risadas que nasceram pra ser, o mundo inteiro dentro dela. O mundo inteiro numa escala, numa nota.

O subjetivo em sintonia total.
"Há tempos me preparo para o seu olhar não mudar o meu."

E aqueles dias de Dezembro intenso foram para sempre.