Eu queria mudar o mundo, mudar tudo de lugar, mas o que eu consegui mudar mesmo, foi a mim. Só a mim.
Me desdobrei em muitas partes para chegar em uma classificação próxima de 'mulher da sua vida'. E encaixando as partes pra fazer de você meu homem ideal. Mas ai estava o problema, não encaixava, e quanto menos encaixe mais eu te queria, loucamente, desesperadamente, porque com essa sua mania, incomum, de ser diferente de tudo que eu queria, eu me perdi. Me perdi de mim, entende? Fui só sua em tempo integral. De coração, braços, pernas, tudo aberto, só esperando pela hora de você entrar.
Eu não quis ir embora, eu não coloquei defeitos em clichês, parei com a minha mania de 'guardar pra mim', inclusive os sentimentos, principalmente os sentimentos. Fui sua. Só sua.
E eu gritei: mete, fica mais, não vai embora.
E eu chorei: me espera, quero ir.
E porra, você gritou tão baixo que eu não consegui escutar.
Agora eu fico aqui, torcendo e marcando para que as minhas sextas sejam cheias de farra, daquelas com música ruins e pessoas parecidas. Todas muito diferentes de você.
Mas isso é fácil. Querer, planejar e fazer dos meus dias e noites vazios de você, repito, é fácil.
Difícil é aceitar que apesar dos meus desejos, eu continuo juntando as partes que sobrou.
Só.
Sozinha.
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