terça-feira, 15 de novembro de 2011
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Sempre fui apaixonada pelas ruas de tortuosas pedras da Cidade de Goiás, onde já tropecei tantas vezes e, mesmo assim, nunca deixei de amá-las e frequentá-las. Por que com a vida seria diferente? Eu continuo andando e caindo e seguindo, seguindo com paixão por cada coisa que vivo e faço.
Esses quatro dias foram encantadores não só pelo erotismo da Cidade de Goiás, tantas vezes mencionado pelo grupo. A viagem foi mágica graças às pessoas especiais e inspiradoras que conheci. Fazer parte do encontro da Casa Warat me proporcionou outra perspectiva de vida. Mesmo conhecendo tão pouco o universo waratiano eu me encantei. Me encantei por ele estar tão vivo em Buenos Aires, em São Paulo, na Cidade de Goiás, em Brasília, na Bahia, no sul do país e em cada uma dessas pessoas. Me encantei pelo jeito waratiano de ver e sentir o Direito e o mundo. Jeito esse que me incentiva agora a buscar um Jornalismo melhor, mais humano e sensível, diferente do sensacionalismo hoje existente.
A viagem para Goiás era pra mim uma espécie de refúgio, de recarregar as energias, respirar outros ares, conhecer novas pessoas, esquecer as tristezas, decepções, raivas.
Voltando pra casa vejo que consegui mais do que isso. Eu consegui entender que só preciso de pessoas mais humanas e que posso deixar de lado o quê e quem me faz mal. Depois de quatro dias de poesia, sinas, canções na chuva e um banho de cachoeira pra lavar a alma, eu jamais sou a mesma pessoa que saiu de Goiânia no sábado à tarde.
Eu agora tenho sede, sede de vida, de conhecimento, de arte, de humanidade e de auto-conhecimento.
Eu desejo ser uma pessoa melhor a cada dia!
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Me deixa ir
Até que eu percebi que não era semelhança, e sim a sua única e exclusiva maneira de ver o mundo. Esse mundo que gira e transformam países, pessoas, e principalmente, nos faz acreditar no tempo.
Ele chegou, você viu?
Está pertinho de nós, pedindo pra você aceitar. Aceitar que as pessoas mudam, que as pessoas crescem, e que algum dia você tem que parar de acreditar em papai noel e fadas. E por mais que você gostasse das bruxinhas dos desenhos, existem algumas verdadeiras na vida real, que não são super boazinhas assim. Descobre sapos ao invés de príncipes, e muitos moinhos pra enfrentar.
O tempo chegou, ta vendo? Parei de acreditar nessas coisas e comecei a acreditar em coisas reais, e na vontade de viver a vida.
Com liberdade.
Você se esqueceu daquela frase, que eu escutava com um tom infantil: Nós somos do mundo.
Me deixa ser também? Existe algo de bom em cada atitude que eu quero ter, prometo. Mas me deixa ver com os meus olhos? Aqueles azuis que você costumava vigiar, cuidar, e que beijava quando estava cheio de lágrimas.
Me deixa perceber as nossas verdadeiras semelhanças, sem pensar na cor da pele ou no cabelo.
Promete me deixar sozinha um pouco?
Prometo não me machucar demais, e se isso acontecer, seu colo aconchegante vai ser meu novamente, juro. Eu sei que eu tenho pra quem voltar, só que agora quero descobrir até onde eu posso ir. Escuta aquela voizinha lá no fundo que te diz que está errado, e me deixa ir.
Por favor... me deixa ir.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Das coisas sem nome
Depois do dia em que você foi fraca você estava, depois de umas tantas porradas, abarrotada de desilusão, desacreditada. Mas espere um pouco mais, todos nós pertencemos a um lugar, talvez também pertençamos a alguém. Todos nós temos para onde voltar. Agora volta. Sinta falta dos meios sorrisos, da fascinação pelos sons, sinta falta da poesia do dia-a-dia, da crença no bem. (Qualquer canto é maior do que a vida de qualquer pessoa) Sinta. Falta. Falta... Depois do dia em que você foi fraca deixei de acreditar num monte de coisas. Não que o seu choro me comovesse - há tempos já não creio na sua delicadeza forçada - mas é que, você sabe, ser humano é se esforçar diariamente para o imprevisível.
- Não quero voltar.
"Descobrir a insuportável e delicada memória que teve um fim, não um final feliz. Ainda que a dor arrebente, ainda é melhor assim."
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
É...
Tô dividida. É isso. Dividida entre a carne e o sentimento. Amizade e família. Foi tenso. Ser massa sempre é difícil. Me entrego fácil demais, em qualquer situação. As minhas reações chegam a ser bobas. Com certeza foi uma das situações que mais me incomodaram na vida! Ciúmes, mas é claro, sou eu! Um quê de drama também não faz tão mal. Eu tava lá, no lugar de sempre, no lugar que mais marcou essa historinha, até a mesma roupa... mas dessa vez os personagens eram outros! Olha só... os personagens eram diferentes. Até doeu. Quando eu penso que tô me acostumando com isso, você aparece e faz tudo ficar tão complicado. E do outro lado, aquele lado que só eu sei, ta tudo tão bem, é tão bem resolvido. Proximidade, ô negócio difícil. Sai do papel de protagonista, e tava lá, tendo que representar com a coadjuvante que sempre se fez presente nessa peça. Meu auto-controle anda me sacaneando. Ai, eu fico sempre questionando a mesma coisa, será que de fato era só uma peça?! Pra mim era tão real! Pra você sempre foi só uma questão de administração, e bem executada, parabéns. O encanto quebrou, mas o bem-querer existe, e isso é o suficiente pra me matar! Sim, as coisas comigo são bem desse jeito, exageradas, intensas, nos extremos. Morrendo de rir e morrendo de chorar, mas chorar muito até desidratar. E foi exatamente assim. E agora? Eu já não sei mais o que falar, o que pensar, nem como agir... A coisa tá tão feia que eu não sei nem o que eu tô sentindo... tão crítica, que eu não sei nem como terminar esse texto.
domingo, 10 de julho de 2011
Não podia acabar diferente
Algumas vezes ela tentou fazer ele mudar de ideia. Largue o curso, faça algo que goste, se envolva. Muitas mensagens subliminares. Ele era doce, divertido e tímido e era isso que a encantava. Nunca era rápido demais, sabia ser tudo aquilo que ela precisava. Sabia ver desenho num domingo de manhã, tampar da chuva, fazer o frio passar, acordá-la com beijos, passar a noite em claro e rir de um jeito infantil em cenas bobas de filme.
Até que um dia ele soube ser cruel, antipático e extrovertido. Deixou de ser doce, passou a ignorar todas as conversas engraçadas e a conviver com pessoas fúteis. Estava vivendo uma vida descolada e de modinhas.
Ele passou a ser tudo aquilo que ela estava cansada nos outros. Ela se decepcionou, mas não ficou com raiva. Apenas se lamentava e tinha saudades daquele cara que ele era, fingiu ser ou que ela acreditou ser. Ela vivia angustiada porque ainda precisava do que ele sabia ser, mas que agora já não é mais.
Ele não podia e não queria mais chegar perto dela.
terça-feira, 5 de julho de 2011
"Encerrando ciclos..."
Crescer dói, são compromissos e responsabilidades que vão aparecendo sem a gente ter como escolher. É menos colo de mãe e mais ensinamento (e tapas na cara) do mundo. São chefes ao invés do Edson, da Solange, da Flora e da Denize. Pessoas essas que vão te cobrar muito mais do que ensinar.
Entrei na Rádio em agosto de 2009, meus monitores eram a Paula Falcão e o Péricles Carvalho (só depois fui descobrir que são dois loucos, mas enfim...) Esse primeiro semestre no J6 foi fundamental pra eu realmente tomar gosto pelo jornalismo. As pontuações intermináveis do Péricles, as risadas de perder as forças e as caronas ao som de Avril Lavigne da Paulinha, as lambidas; cosquinhas nos rins da Lara e as passeatas arrebanhando pessoas do Mário, a Laura encantando o falecido Negro Jobs e a Lara nas coberturas latadas (BR e Jardim Cerrado 4 ), as reportagens da dengue da Flávia (ORLANDO!), os lanches coletivos e as notas internacionais da Barbarella, os papos intermináveis do Péricles e da Denize.
Acho que aquela redação nunca foi tão louca em toda a sua história como na presença desses monitores e dos 12 repórteres: Eu, Lara Leão, Laura Santos Braga, Mário Braz, Laura de Paula, Rubens Salomão, Vanessa Soares, Illa Rachel, Flávia Gomes, Bárbara Daher, Luísa Gomes e Raniê Solarevisky.
No primeiro semestre de 2010, a redação do J6 esteve sob o comando de Rubens Salomão e Paula Resende. Eu assumi oficialmente o cargo de “repórter MP-GO” (acho que nunca fui tanto a um lugar na minha vida). Teve até a vez que a Paula me mandou pro MP (como de costume) e a coletiva era no MPF (pelo menos cheguei atrasada e tive uma entrevista exclusiva *-* ). Dos repórteres antigos só eu, Lara, Laura Santos Braga, Flávia e Raniê continuamos na equipe. Se juntaram a nós Felipe Correa (o prodígio), Jéssica Gonçalves, Iure Queiroz e Vinícius Braga (o protagonista da melhor briga de todos os tempos com uma assessora).
Em agosto de 2010, eu e a Laura Santos Braga assumimos o comando do J6. Acho que a redação só não ficou tão louca porque os meninos eram mais tranqüilos que os repórteres de agosto de 2009 (e isso me inclui!). Somente o Felipe continuou no J6 e mais 8 repórteres entraram naquele mês: Marianna Martins (que quando os entrevistados marcavam entrevistas para às 16:30 ela começava a falar: “Myla, não vai dar tempo” – e sempre dava), Danielen Gonçalves (transformava a nossa redação em uma depressão com suas músicas e tragédias – ela já perdeu as contas de quantos velórios já foi na vida!), João Victor Guedes (gracinha, dono da melhor risada), Ana Letícia Santos (rapidinha), Jéssica Reges (amiga do Juquinha da Ferrovia Norte-Sul), Luíza Guimarães (mais conhecida como arraso no figurino), Weverthon Dias (na falta de entrevistado porque não falar com o cunhado da monitora?) e Tallita Guimarães (“ele morreu segundo o médico dele.”)
Ser repórter é uma tarefa e tanto. Ligar, escrever, sair (ainda que com preguiça) é fundamental. Mas o peso de pautar, monitorar, corrigir e editar me assustou um pouco no começo. Estar a frente de um programa e saber que ele dependia fundamentalmente de mim e da Laura era uma responsabilidade e tanto, que logo a gente se acostumou.
O costume foi tanto que permanecemos mais um semestre, agora com a ajuda do Felipe, que também se tornou monitor. Nossa equipe diminuiu, 5 repórteres, mas nem assim deixamos de colocar no ar um jornal de qualidade (#modéstia). Wynne Carneiro (ou Oliveira? Ou Valeska Popozuda?), Renato Veríssimo (“vamo fazer entrevista ao vivo?”), Liliane Bueno (minha companheira de FICA), Danilo Boaventura (que se chocou com a gente inúmeras vezes ao longo do semestre) e Iure Queiroz, que voltou para a redação (nosso fornecedor oficial de halls de melancia).
Não posso esquecer dos coleguinhas de várias equipes do Panorama (os maiores companheiros do J6), das vezes em que no primeiro semestre de rádio eu e as meninas tínhamos vergonha do pessoal do esporte e não íamos lá na impressora por isso (e fazíamos o Péricles ir), das vezes que rimos ou quase rimos no ar (e rezávamos pra que nenhum professor ou a direção da rádio descobrissem), das incontáveis idas à padaria, dos apagões, dos cafezinhos, dos trabalhos nas férias (nem eram tão chatos assim), da casa do FICA, das risadas da Dona Valdete, das histórias da Dona Joana, das músicas altas; das promessas de pão-de-queijo e das vezes que o Sobreira falava com a gente com o programa dele no ar, da Suzi, da Francis, das saídas com o Cigano (que exigiam paciência, mas rendiam muitas pérolas), do Loró conversando com o microfone aberto em plena transmissão, das encheções do Théo, do Jocerlan (“é tudo Laura”), do Lucas, do Roberto e das mil mulheres do seu Tião.
Tantas coisas, tantas recordações que é impossível falar de todas. Sei que uma nova etapa começa agora, mas ainda existe uma dorzinha no coração por deixar essa segunda casa. Nenhuma experiência dentro da faculdade se assemelha à rádio. Vou sentir muita saudade de tudo isso.
Calouros, calouros dos calouros, futuros calouros:
Aproveitem a Rádio, tirem o máximo de proveito dela, é um aprendizado incrível, nada na Facomb é tão prático assim. Cuidem da Rádio (do J6 principalmente kkkkk puxo sardinha pro meu programa mesmo!), se divirtam, coloquem programas de qualidade no ar e o mais importante: lutem pelos laboratórios, eles são nossos. Não deixem que ninguém acabe com isso, eles são fundamentais para a nossa formação.
PS1: Não é porque a Rádio é um hospício que não se leva o trabalho a sério
PS2: Não poderia terminar de outra forma. Ao som de Maysa “Minha pauta caiu”
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Saudade incessante
'cause our time is short'
Saudade de dividir as novidades e as minhas conquistas. Saudade que só não é maior pq eu trago você aqui comigo, todos os dias, nos meus aprendizados, nas minhas experiências, nas minhas alegrias, nas minhas conversas e em tudo que eu faço. Coisas que em um ano não passaram e nunca vão passar.
Esse texto não é pra fazer nenhum sentido, já que nada faz muito sentido desde que você se foi.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Sua falta
Fiquei com medo de gritarem: ATÉ HOJE? DEPOIS DE TANTO TEMPO?
Fiquei com medo até de revelar pra mim esse absurdo que eu tava sentindo... A sua falta.
Pois é, chorei sozinha.
Com medo do mundo e de assumir que eu sou assim, com essa mania de não me arrepender de nada, de ser resolvida sentimentalmente principalmente depois que você se foi. De acreditar que as minhas escolhas estão certas, de fingir ser dura e de 'coração' de pedra. Tento fugir e não assumir que eu sinto sua falta nas noites chuvosas, nos dias de sol, nas tardes de domingo. Sinto falta de alguém que faça tudo por mim, e me olhe com aquele jeito único. Sinto falta até de brigar com você e dizer que o que você faz não faz sentido.
Mas hoje eu admito que o que nunca fez sentido foi eu ter ido embora. Ter fechado a porta na sua cara me implorando pra ficar, me dizendo tudo que eu queria escutar agora.
Eu não imploro mais pra você voltar, nem tempo mais a gente tem.
Mas eu imploro pra parar de comparar você, de querer um dedinho do seu amor em cada um.
Eu não sei por que eu ainda sinto isso, juro, não sei.
E claro que você AINDA me conhece bem ao ponto de saber que eu não assumiria uma coisas dessas assim tão facilmente...
Só que eu preciso dizer que eu ainda sinto tanto a sua falta.
domingo, 24 de abril de 2011
Quase nada.
Eu tento ser, ou pelo menos parecer, uma pessoa bem resolvida, capaz de entender que amanhã ou depois a gente vai se ver e fingir que aquela madrugada nunca aconteceu. Mas naquele dia eu quis pedir pra você ficar, mas não fiz isso porque eu sei que a resposta seria “não”. Eu já sei que você vai listar 83 motivos porque você nunca fica na vida de ninguém. E eu queria poder te dar 84 razões pra ficar e te mostrar que aqui, comigo, você não precisa ter medo.
Você nem sabe, mas depois dele você foi a primeira pessoa que eu quis dizer coisas bonitinhas e bregas. A primeira pessoa que a minha família soube que existe e que fez meu coração disparar novamente. E tudo isso ficou tão mais claro pra mim naquela noite em que eu lutei contra o sono só pra não perder nenhum segundo ao seu lado.
Eu gosto de você, é isso, o problema é esse. E diante das circunstâncias, eu devia cair fora porque eu já consigo ver como tudo isso vai terminar. E apesar disso e das tantas vezes que disse que tinha desistido, eu ainda fico esperando mais momentos como aquele. Afinal, dizem que todo mundo vai nos fazer sofrer um dia e eu já passei por isso antes, acho que consigo suportar por um tempo. É... Bem dizem por aí que sou masoquista. Acho que sempre fui.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Amigos?
quarta-feira, 9 de março de 2011
Só
Me desdobrei em muitas partes para chegar em uma classificação próxima de 'mulher da sua vida'. E encaixando as partes pra fazer de você meu homem ideal. Mas ai estava o problema, não encaixava, e quanto menos encaixe mais eu te queria, loucamente, desesperadamente, porque com essa sua mania, incomum, de ser diferente de tudo que eu queria, eu me perdi. Me perdi de mim, entende? Fui só sua em tempo integral. De coração, braços, pernas, tudo aberto, só esperando pela hora de você entrar.
Eu não quis ir embora, eu não coloquei defeitos em clichês, parei com a minha mania de 'guardar pra mim', inclusive os sentimentos, principalmente os sentimentos. Fui sua. Só sua.
E eu gritei: mete, fica mais, não vai embora.
E eu chorei: me espera, quero ir.
E porra, você gritou tão baixo que eu não consegui escutar.
Agora eu fico aqui, torcendo e marcando para que as minhas sextas sejam cheias de farra, daquelas com música ruins e pessoas parecidas. Todas muito diferentes de você.
Mas isso é fácil. Querer, planejar e fazer dos meus dias e noites vazios de você, repito, é fácil.
Difícil é aceitar que apesar dos meus desejos, eu continuo juntando as partes que sobrou.
Só.
Sozinha.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Idiota
Pensei em outra qualidade sua, mas me desculpa, não consigo pensar em outra palavra pra descrever você.
Idiota.
Eu juro que não é dor de cotovelo, não é por querer ser ela. E também não é inveja. Sabe o que é mesmo, de verdade? Falta de entendimento, é isso. Não entendo você, as suas atitudes imaturas de sempre. Não entendo como você sempre jogou a nossa história no lixo sem ao menos pedir a minha opinião. É chorar por você e te ver indo embora todas as vezes.
Foram 6 anos assim, eu recolhendo as fotos e pedaços que você deixou pra trás. Eu escutando desculpas, seu choro, suas lamentações. Fico me lembrando de você gritando, me implorando pra ficar, e depois de 10 segundos me pedindo pra não ir atrás de você.
E me deixando sozinha, de novo.
Por que você é assim?
Minha vontade é gritar, dizer pra você e pra todos que insistem em te apoiar o quanto você é idiota, o quanto você não pensa e não valoriza os sentimentos de ninguém.
Você acha que ela vai te buscar e te deixar em casa? Você acha que ela vai tratar bem os seus amigos? Você acha que ela vai fazer tudo por você? Quem vai te ajudar quando você perder o ar de tanto chorar, quem vai beber cerveja com você e te ligar todos os dias?
E os seus problemas? Quem vai sair correndo só pra te abraçar e dizer que vai ficar tudo bem, vai dizer ‘eu to aqui’?
Entendeu?
Eu não torço pra que você seja do mesmo jeito com ela, coitada. Não é isso, nem é rancor, mágoa, ódio. Eu só não entendo como você jogou 6 anos da nossa vida fora, jogou tão longe que eu nem consigo encontrar os restos felizes que tinham sobrado. Hoje a sua lembrança é só o vazio de alguém que nunca soube amar.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Ódio que sinto por você
É claro que a vida ta boa, tem que estar, foi assim que você quis, não tive qualquer chance de amadurecer a ideia compulsória de mudar. E pensando em escrever sobre todas as viradas que a vida deu não pude deixar de pensar no motivo de tudo. Motivo? Ah! Me desculpa. É que eu me esqueço que pra você tá tudo muito claro. Foi bom pra você ter esse tempo pra decidir tudo. Foi minimalista a sua forma de armar o circo e me jogar pros leões. Lá, com os seus novos amigos, seu novo eu, ou seu falso você, foi fácil.
Aliás, você me ensinou como tudo é fácil. Muito fácil andar de mãos dadas, dizer eu te amo, buscar em casa, fazer um agrado, cafuné, carinho no pescoço ou massagem no pé. O que você não me ensinou, e que agora aprendi sozinha, é que é difícil demais apagar as palavras e os momentos tão convictos que você jurou serem eternos. É difícil aceitar que por trás daquele sorriso confiante de homem existia um menino com tantas confusões e medos, quase tão semelhantes à criança que ainda mora em mim.
E dentro daquele quarto, naquele dia, eu chorei. Poxa. Porra. Eu disse que eu tava com medo, eu declarei entre todos os soluços que tava difícil, tava ruim, doía, era incerto demais pra mim. Se você sabia do final, por que me abraçou e me prometeu que ficaria tudo bem? Se o que você queria era ir embora, por que me segurou pelos pés? Por que me instigou a sonhar? Por que me convenceu de que pés no chão era coisa de gente que não sabia amar? Foi você mesmo quem me convenceu disso tudo. Agora já é tarde pra lembrar, você parou de brincar, você se esqueceu. Só que você também se esqueceu de mim, e eu fiquei aqui, tentando descer pela escada pro tombo não ser grande demais.
Eu queria olhar pra sua cara de menino mimado e cuspir todas as palavras que estão engasgadas desde o último dia que te vi. Não. Eu sei que não o fiz. Nem deveria, ainda doía demais, não tinha todo aquele clima de partida. Mas agora que você se foi, e que daqui, bem de longe, te olhando caminhar de costas, posso ver com mais clareza que é partida, agora sim. Queria te gritar pelo nome, xingar sua família, dizer que odeio as suas gírias e a sua maneira infantil de viver a vida, tomar cerveja, fazer sexo e se sentar na mesa.
Entende baby? Você me convenceu a amar alguém que eu nunca escolhi. Me acostumei com o avesso do que dizia meu horóscopo a respeito do homem da minha vida. Era você, o oposto de tudo que eu queria, se desdobrando em mil para conseguir ser meu. Droga, você se esforçou tanto que conseguiu, me venceu pelo cansaço. E sabe de alguma coisa? Me cansei de resistir e você de tentar. Me conformei em amar e você em desistir.
Mas uma coisa eu repito, a vida ta boa, obrigada! Agora eu tenho amigos, tenho minha companhia, durmo tarde, acordo cedo, tomo sol, dou gargalhadas, falo mal de você com despeito, observo todos os seus defeitos,e me lembro das suas camisas que eu tanto odiava. E na esperança de deixar pra trás toda essa raiva eu apelo para as lembranças, pras coisas boas. Mas nessa hora eu me lembro que mesmo muito boas não anularam aquela manhã de súplica no parque. Idiota.
Tá vendo como é foda? Te juro, a minha vida ta boa, to com alguém bem melhor, acho que vou trabalhar e to até voltando a escrever, mas eu não poderia começar por outra coisa que não fosse pelo ódio que sinto por você.
*Esse texto foi escrito por Marianna Martins e merecia MUITO ser divulgado.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Fevereiro de 2011
É verdade, o mundo ta aí pra rir da nossa cara, desenhando coincidências. E, coincidentemente, nunca existiu no mundo alguém como ele, dono da fórmula que ela por tanto tempo procurou.
Tudo isso, daqui uns dias, será só mensagem do que eles ainda não sabem.
"Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo."
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Mas
Ele me disse coisas certas, me ofereceu o mundo, promessas de presença em todos os lugares, abrir mão de tudo. Fiquei olhando sem entender, por qual motivo as pessoas acham que podem julgar o sentimentos dos outros, só porque você não tava ali. É você não tava ali..
Mas..
Milhões de ‘mas’ rodeando a minha cabeça. Tinha um pouco de verdade nas coisas que ele prometeu, fazia sentido, mas não.
Não faz sentido nenhum não ter você pra ligar, pra tomar banho de chuva, ou deitar lá fora pra ficar olhando o céu. Não faz sentido nenhum não poder te dizer as coisas, e confiar em cada palavra sua. Eu vou rir de quem? Quem vai bater no peito e dizer que é bizarro? Mas vai ter dois segundos de romantismo que me faz chorar logo depois?
Quem vai ta ali me esperando no banco, quem vai esta louco de saudades, quem vai me.. amar?
É só você agora, e a gente já cansou de rir das definições que encontram pra todo esse sentimento aqui, só nosso, ninguém mais vai saber. Você sabe.
Me perdoe pelos ‘mas’, mas eles foram apenas pra me provar que a continuidade da frase é, e vai ser sempre: mas não é você.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Se depois for nunca mais...
Me diz, onde é que você vai encontrar outra mulher assim? Pra eu saber se tenho chance de achar uma versão masculina dela. Quem é que vai se dispor a levar a sua irmã nas aulas de vôlei, a cuidar da sua mãe em meio a uma crise de rins? Me fala, quem é que vai te ligar no meio do expediente só pra dizer que o dia precisa passar logo pra gente se encontrar?Quem é que vai enfrentar a família e os amigos por sua causa? Quem vai te dar um abraço forte e sentir a sua dor como se fosse a própria dor? Quem vai pegar na sua mão quando você desacreditar na vida, quando você perder alguém querido?
“Você vai lembrar de mim...”
Cadê aquele negócio de tomar banho de cachoeira? Cadê a tapioca? A música tema? O desejo de o mundo explodir lá fora pra gente não ter que ir embora?As declarações tímidas? As reclamações por eu nunca acreditar nelas? Cadê? Cadê? Cadê os planos de ir pra Barretos, pra São Paulo ou pro Xingu juntos? E o sonho de um beijo no meio de uma reportagem? Cadê os planos de passar um fim de semana dentro da barraca no quintal da casa da tia? E os churrascos na casa da cunhada? Pra onde foram os alertas que você me dava pra nunca beber e dirigir? Onde é que foram parar as mensagens e os recados de saudade assim que a gente se despedia? E as ligações pra avisar que chegou em casa? Cadê os gols? E as piadinhas dos cunhados?
Pra onde é que foi a intimidade? As conversas e os apelidos pararam em que lugar do tempo? O prazer da companhia? As piadas sem graça? Os abraços? As mordidas? Meu Deus, onde é que foi parar tudo isso?
“Deixamos que a rotina fosse nosso caminho... Deixamos de nos ver fazendo algum sentido...”
Eu havia me esquecido... É isso...Você gosta de aventuras... De montanha russa. De jogar tudo pro alto quando as coisas vão bem e ir viver a sua vida. De procurar bebedeiras, festas e menininhas de 15 anos. E depois gosta de voltar pra mim. Vem sempre com aquele papo de que amor é único, acontece uma vez só na vida e a gente já se aconteceu, se reconheceu. Que a gente não pode se perder, que a gente tem que se perdoar e voltar atrás. E eu volto sempre, boba, iludida com essa história de grande amor da vida. Volto pra minha droga, pro meu vício, esqueço todo o tempo da abstinência... Mesmo que a falta de você aconteça de novo daqui a pouquinho. Aliás, quando estamos juntos, eu nem me lembro que um dia você esteve ausente. Parece que meu mundo pára. Pareço alguém meio encantada quando olho pra você. E aí lá vem você de novo, com um balde de água fria e um adeus.
Agora eu me lembro da ausência, já que ela me atormenta todos os dias. Eu te olhei e fiquei imaginando como seríamos se ainda fossemos presentes. Fiquei imaginando pra onde foi tudo aquilo. Por que a gente ainda insiste em ser desconhecidos quando se conhece até a unha meio torta do mindinho do pé. E logo tento parar de pensar nisso. Porque eu quero me lembrar pra sempre dessa falta, da dor, da montanha russa que tanto me irritou. Quero me lembrar que eu sempre desejei estabilidade e um homem de verdade. Eu quero só nunca mais querer voltar pra você.
“Vou deixar que você se vá...”
Ps: texto inspirado e escrito ao som de Nenhum de Nós